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Política

Ex-ministros unem-se contra votação do Código Florestal

23 mai 2011 - 16h15
(atualizado às 16h23)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

Um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente defendeu nesta segunda-feira o adiamento da votação do Código Florestal, que está previsto para ser analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta terça. Os ex-ministros consideram necessário maior tempo para aperfeiçoar a nova legislação.

Veja os principais pontos da proposta do Código Florestal

"O que nos une é o esforço para impedir (que a votação) seja por açodamento. Não queremos que se passe a motosserra no Código Florestal. É tempo de entendimento. Esse texto, que está aparentemente pronto, não é uma lei de proteção às florestas. Trata-se de outra coisa, de política de uso do solo. Há tantas exceções que ao que parece, a exceção maior é a proteção às florestas", afirmou Carlos Minc, que ocupou o cargo entre 2008 e 2010.

Uma carta com os pontos que consideram críticos no novo texto foi enviada a presidente Dilma Rousseff - com quem os ex-ministros devem se encontrar na manhã desta terça - e parlamentares. Uma das críticas está relacionada à emenda apresentada pelo PMDB que abre a possibilidade de manutenção de atividades agrosilvopastoris em Áreas de Preservação Permanente (APP). A emenda, que tem apoio da oposição, integra uma tentativa de acordo para viabilizar a votação nesta terça.

A ex-ministra Marina Silva, que comandou a Pasta entre 2003 e 2008, atribui o recente aumento do desmatamento no País à expectativa de votação do Código Florestal. "Se só com a expectativa de votação já houve um aumento, com a aprovação haverá uma situação de completo descontrole", disse. "Em lugar de depois termos que fazer campanha pelo veto, queremos fazer a primeira mulher presidente do País sancionar a grande lei do século 21" afirmou.

A carta foi assinada por dez ex-ministros. Além de Minc e Marina, também apoiaram o movimento Sarney Filho, líder do PV na Câmara, José Carlos Carvalho, Gustavo Krause, Henrique Brandão Cavalcanti, Rubens Ricupero, Fernando Coutinho Jorge, José Goldemberg e Paulo Nogueira.

Fonte: Terra
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