Empresário não bebeu antes de crime em motel, dizem testemunhas
- Luis Bulcão
- Direto de Rio de Janeiro
A delegada Juliana Rattes, que investiga a morte do empresário Fábio Gabriel Rodrigues em um motel de Niterói na madrugada de sexta-feira para sábado, confirmou nesta quarta-feira que pessoas que estiveram com o casal antes de eles irem para a casa de Verônica Verone, que confessou o crime, não notaram sinais de embriaguez no empresário, ao contrário do que alega o advogado de defesa e o que contam os parentes da acusada.
De acordo com a delegada, não foram encontrados vestígios de drogas no motel. "Ela (Verônica) deixou no motel o que ela quis deixar, não tinha drogas, só uísque e energético", afirmou. Em depoimento, pessoas que conheciam Verônica apontaram que a acusada trabalhava como garota de programa.
O laudo de local, que analisa os objetos deixados na cena do crime, fica pronto ainda nesta quarta-feira. A delegada aguarda o laudo cadavérico, e a reconstituição do crime será feita no sábado. Segundo Juliana, o fato de drogas terem sido encontradas no veículo do casal não quer dizer que elas tenham sido consumidas. "Não é possível afirmar isso sem o laudo. Alguém pode ter colocado os vestígios de drogas no carro", disse.
A delegada não descarta a hipótese do envolvimento de uma terceira pessoa. "Não há nada nos autos que confirme ou que descarte o envolvimento de outra pessoa. Uma das coisas que precisamos checar na reconstituição é a possibilidade de ela (Verônica) ter arrastado, sozinha, o corpo do empresário", afirmou.
O corpo de Fábio foi encontrado na porta da garagem, no andar de baixo do quarto onde ele teria sido morto.
A polícia ouvirá nesta quarta-feira a mãe de Verônica, que será usado pela delegada para comparar os depoimentos da suspeita e de sua irmã. As duas foram as primeiras pessoas a terem contato com a suspeita após a ocorrência no motel