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Política

Perto do PMDB, Chalita prega "pacto de elegância" na disputa em SP

13 mai 2011 - 06h03
(atualizado às 08h06)
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

Prestes a deixar o PSB para se filiar ao PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita afirmou na noite desta quinta-feira, em São Paulo, durante cerimônia de posse do desenhista Mauricio de Sousa na Academia Paulista de Letras, que não aceitaria uma proposta de repetir em São Paulo a aliança nacional formada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB). Chalita já se posiciona como candidato do partido peemedebista à prefeitura da capital paulista e espera "pacto de elegância" na disputa eleitoral. No mês passado, o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente do PMDB, convidou Chalita para disputar o pleito.

"Tenho muito carinho pela senadora Marta (Suplicy), tenho conversado muito com ela, acho que ela é uma mulher importante na política brasileira. Também tenho muito carinho pelo (ministro Aloizio) Mercadante, apoiei a presidente Dilma, então isso me aproximou muito dessas lideranças do PT, mas a discussão municipal é outra. É um empenho do PMDB nacional em ter uma candidatura na cidade de São Paulo. Eu acho que essas conversas todas nos ajudam. Tomara que todos os candidatos tenham um pacto de elegância na disputa, na eleição de São Paulo. Espero que ninguém tente desconstruir a imagem do outro, mas que a gente possa discutir programas, projetos. Acho que o eleitor está preocupado com isso, qual é o melhor projeto para a cidade de São Paulo", afirmou o deputado.

Indagado se o seu plano seria o herdar o eleitorado do ex-senador Orestes Quércia, líder do PMDB paulista que morreu no ano passado, Chalita disse que não dispensá nenhum tipo de apoio partidário para fortalecer sua pré-candidatura à prefeitura e que seu objetivo é criar "pontes" na disputa.

"Eu gostaria de herdar o eleitorado do Quércia, do Lula, do Alckmin, do Covas, do Montoro, da Marta, de todo mundo que estiver à disposição. Acho que quando a gente disputa um cargo majoritário, a gente tem que criar pontes e não muros. Tem que buscar. O eleitor está muito preocupado com os problemas de sua cidade, então ele quer saber quem tem mais competência para resolver os problemas de sua cidade, acho que nem está preocupado com questões partidárias".

O eleitor pode não se preocupar com "questões partidárias", porém, o deputado demonstra interesse na política da boa vizinhança. O PSD, partido fundado pelo atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também está na mira de Chalita. "Seria bem-vindo. Todos os apoios são bem-vindos, desde que as discussões sejam de programa, de projetos, sempre é bem-vindo. A gente não descarta nenhum tipo de apoio", sinalizou.

Secretário estadual da Educação na gestão de Geraldo Alckmin entre 2003 e 2007, Chalita mantém o discurso e também corteja o PSDB como aliado, mas afirma que a sua amizade com o governador paulista não pode ser confundida como um apoio natural à sua candidatura.

"Tenho muitos amigos no PSDB, não rompi laços no PSDB e acho isso fundamental. Eu tenho dito que na política que a gente tem que ter um exercício de sinceridade. Uma coisa é ser amigo do Alckmin, outra é estar dentro do projeto político dele. Pode ser que o PSDB não nos apóie ou pode ser que apóie. Se apoiar também, que sejam bem-vindos".

Festa de filiação

A festa que marcará a filiação de Chalita ao PMDB será no dia 4 de junho, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), local considerado "simbólico" pelo deputado. Em 2008, filiado ao PSDB, ele foi o vereador mais votado de São Paulo, com 102.048 votos. No ano passado, já no PSB, o político foi o segundo candidato a deputado mais votado, atrás apenas de Tiririca (PR-SP). Ex-secretário estadual da Educação, Chalita tem mais de 50 livros publicados.

Decisão é do PT, diz Marta sobre pré-candidatura em São Paulo

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) também participou da posse de Mauricio de Sousa como membro da Academia Paulista de Letras. Ao lado do namorado, o empresário Márcio Toledo, a petista não confirmou ser o nome mais forte de seu partido para a disputa municipal. No entanto, Marta reiterou que está à disposição do PT.

"O partido tem vários nomes. Essa é uma decisão que não é minha, é uma decisão partidária. Temos candidatos e o partido vai escolher a candidatura que for mais viável, e a candidatura que pode ter mais apoio da população de São Paulo. Eu acredito que por ter sido prefeita e ter tido um governo muito bem avaliado, tudo isso me põe em condição de dizer que eu gostaria de trabalhar de novo pela minha cidade", disse a senadora.

Sobre a possibilidade de ter Gabriel Chalita como seu vice em uma eventual chapa PT-PMDB, Marta preferiu um tom cauteloso e evitou fazer previsões. "Os dois partidos estão saindo com candidaturas próprias. No momento, todos estamos com candidaturas próprias e, no segundo turno, esperamos estar juntos. Agora, política é política, conjuntura é conjuntura. Assim como não sei se sou candidata, a gente também não sabe qual é o futuro".

O deputado federal Gabriel Chalita fez a saudação oficial da cerimônia em que Mauricio de Sousa tomou posse na Academia Paulista de Letras
O deputado federal Gabriel Chalita fez a saudação oficial da cerimônia em que Mauricio de Sousa tomou posse na Academia Paulista de Letras
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Fonte: Terra
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