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Política

PSDB-SP elege presidente da executiva; demais ficam para 5ª

7 mai 2011 - 17h34
(atualizado às 17h44)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O PSDB paulista elegeu neste sábado o deputado Pedro Tobias o novo presidente da executiva estadual da sigla, em convenção realizada na Assembleia Legislativa. Em seu primeiro ato a frente da executiva, ele adiou para a próxima quinta-feira, às 19h, a eleição dos outros 17 membros do comando do partido em São Paulo.

Serra (esq.) e Alckmin (dir.) cumprimentam partidários em São Paulo
Serra (esq.) e Alckmin (dir.) cumprimentam partidários em São Paulo
Foto: Reinaldo Marques / Terra

Tobias, integrante da chapa única formada por 105 membros do PSDB, foi eleito por aclamação pelos delegados da sigla aptos a votar. São eles: 3,2 mil membros das executivas municipais do interior do Estado, 47 membros do diretório nacional do partido que têm domicílio eleitoral em São Paulo, 22 deputados estaduais, 11 deputados federais e um senador.

A escolha da executiva estadual acontece em meio a uma crise que afastou seis vereadores da capital paulista, após divergências na escolha do presidente do diretório municipal tucano. Nos bastidores, especula-se que a eleição municipal de São Paulo de 2008 seja o pano de fundo da disputa, quando setores do partido apoiaram a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), aliado de José Serra, esvaziando a candidatura de Geraldo Alckmin, hoje governador de São Paulo.

Para mostrar unidade em meio à crise, Alckmin e Serra chegaram juntos à convenção, no início da tarde de hoje. Os discursos de ambos, porém, demonstraram o racha dentro do partido. Enquanto Serra optou por admitir a crise, inclusive "em nível federal", e cobrou união, Alckmin preferiu dizer que "há fragmentações". Sem citar nomes, o governador alfinetou o prefeito Gilberto Kassab, fundador da nova sigla PSD, dizendo que a "proliferação de partidos" e a "proximidade com as benesses dos governos" é prejudicial.

"Existe uma crise no PSDB, por que negar? Mas o que querem de nós, até o eleitor do PT, é que saibamos fazer oposição. O problema não é divisão no partido, mas honrar os votos que recebemos. O maior risco que as oposições correm é perder tempo com disputas fantasmas. Cadê o PSDB, como um todo, defendendo suas ideias?", disse o candidato derrotado à presidência da República. Já Alckmin chamou as divisões dentro do partido de "fragmentações", desmentindo o colega. "Não há crise no PSDB, o que existe é o PSDB resistindo. Eu sinto é ânimo do PSDB!", disse.

Apesar das divisões, a militância tentou dar um clima de festa à convenção. Questionado sobre o teor dos discursos, o deputado estadual mais votado do Estado, Bruno Covas, negou que os discursos exponham o racha. "Os dois discursos foram para cima", disse.

Fonte: Terra
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