PUBLICIDADE

Polícia

PF: operação para erradicar maconha em PE destrói 201 mil pés

5 mai 2011 - 08h50
Compartilhar

A Polícia Federal em Pernambuco, através da Delegacia de Polícia em Salgueiro, a 466 km de Recife, concluiu na quarta-feira a Operação Caruá II, com o objetivo de erradicar o plantio de maconha no serão do Estado. A ação teve início em 25 de abril e faz parte das medidas estratégicas adotadas pela Coordenação Geral de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (CGPRE), órgão central da Polícia Federal em Brasília para reduzir a produção e a oferta da droga.

Os 201 mil pés destruídos gerariam cerca de 60 t da droga
Os 201 mil pés destruídos gerariam cerca de 60 t da droga
Foto: Divulgação

A operação contou com aproximadamente 90 agentes, sendo 50 policiais federais das unidades de Salgueiro, Caruaru e Recife e 40 policiais militares, apoiados por três helicópteros. Participou ainda o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), fornecendo informações sobre os proprietários das terras onde eram encontradas plantações. A ação alcançou os municípios de Carnaubeira da Penha, Cabrobó, Betânia, Belém do São Francisco, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Floresta e Salgueiro, tanto em continente como nas ilhas do rio São Francisco.

Na primeira fase da ação, em 2010, foram destruídos 1,04 milhão de pés de maconha, evitando a produção de 312 t da droga, e apreendidas 2,1 t da maconha já produzida. Desde então, a produção na região diminuiu drasticamente. Na Operação Caruá I, em fevereiro, foram encontrados 131 plantios, nos quais destruiu-se 337,4 mil pés, que gerariam 101 t de maconha. Nesta operação, a PF encontrou 119 plantios, com 201 mil pés, que gerariam 60 t da droga. Nas duas operações Caruá, foram apreendidos 327 kg do entorpecente.

Ciclo produtivo
De acordo com a Polícia Federal, a oferta da droga caiu "significativamente na capital pernambucana bem como no agreste e sertão, o que pode ser confrontado com as apreensões realizadas da droga no Estado". Grande parte da maconha apreendida em Pernambuco hoje é oriunda do Paraguai ou são aquelas colhidas precocemente antes da deflagração das operações de erradicação, o que, segundo a corporação, resulta numa erva de péssima qualidade. Além de Pernambuco, a Bahia também realiza operações trimestrais para a erradicação da droga.

A PF estima que um traficante gaste aproximadamente R$ 20 mil numa roça de maconha, onde pode colher cerca de 10 mil pés, safra que rende 3 t da droga. Dependendo da oferta, o kg é vendido entre R$ 200 e R$ 300, gerando ganhos de R$ 900 mil. O preço do kg da droga no Recife e região metropolitana varia entre R$ 600 e R$ 800. Os traficantes aliciam agricultores para as roças de maconha pagando em média R$ 50 a diária, enquanto o serviço normal do campo lhe rende entre R$ 10 e R$ 12.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade