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RJ: temporal faz rio transbordar; sirenes alertam moradores

25 abr 2011 - 22h04
(atualizado em 26/4/2011 às 21h38)
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A chuva forte que atingiu o Rio de Janeiro na noite de segunda-feira à noite causou transtornos a quem voltava para casa. O temporal começou por volta das 20h e durou mais de duas horas em alguns bairros. Às 21h30, o município entrou em estágio de alerta por causa da persistência das chuvas. Segundo a GeoRio, é o terceiro tipo de alerta em escala de quatro.

O temporal se concentrou mais sob a zona norte, principalmente a Tijuca, onde choveu o equivalente a 30 mm em 15 minutos. O Rio Maracanã transbordou rapidamente, transformando a Avenida Maracanã em mar, com carros boiando. A correnteza chegou a virar uma van na Rua Conselheiro Olegário. O trânsito parou nas principais vias do bairro.

No Morro da Cachoeirinha, na encosta da Grajaú-Jacarepaguá, a sirene instalada para alertar moradores do risco de deslizamento soou, mas não houve queda de barreiras. De acordo com a Defesa Civil, houve deslizamentos, também, na na comunidade JK, Borel, Andaraí e Chacrinha. Todos sem vítimas.

Motoristas foram surpreendidos pelas águas e abandonaram seus automóveis. Um deles, apavorado, mandou apelo desesperado pelo celular para um site de relacionamentos na Internet: "estou dentro do carro. A água está subindo. Não quero morrer!". A galeria sentido Centro do Túnel Rebouças foi fechada ao trânsito para evitar que motoristas pegassem a Praça da Bandeira, que ficou inundada. Ruas também ficaram alagadas em Vila Isabel, Grajaú e Andaraí.

Choveu muito também no centro, e na zona oeste, principalmente em Santa Cruz e Barra da Tijuca. Na Lapa, várias ruas também ficaram alagadas. Comerciantes reclamaram de prejuízos provocados pelas águas, que invadiram os estabelecimentos. Na Avenida Brasil, bolsões d'água se formaram na altura dos bairros de São Cristóvão, Benfica, Caju, Parada de Lucas, Ramos e Cordovil. Foram registrados alagamentos também no Catumbi, Leopoldina, Cidade Nova e Praça Mauá.

Na Praça da Bandeira, a água subia e alguns motoristas encostaram os veículos temendo atravessar os alagamentos. Havia acúmulo de água também próximo ao túnel Santa Bárbara, no Catumbi, na avenida Francisco Bicalho, na Leopoldina, e na Cidade Nova. Os aeroportos Santos Dumont e Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) operavam visualmente para pousos e decolagens. Até as 21h, dos 153 voos programados para o Santos Dumont, 51 atrasaram e 13 foram cancelados. Já no Galeão, dos 137 voos domésticos previstos, 36 atrasaram e não houve cancelamentos. Entre os 39 internacionais previstos, oito atrasaram e um foi cancelado.

A Rodovia Rio-Santos foi fechada na altura do km 441 por causa da queda de barreira. Vários pontos ficaram alagados. Outras regiões do estado também registraram chuvas fortes, como a Baixada Fluminense, São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Macaé.

A frente fria que se encontrava sobre o Estado se deslocou para o oceano, mas permanece influenciando as condições do tempo no município. O dia foi de céu nublado e existe a possibilidade de chuva forte durante a madrugada.

Sirenes de Alerta acionadas na Grande Tijuca
Na madrugada desta terça-feira, a sirene do Morro dos Macacos foi acionada pela Defesa Civil. Mais cedo, em nota, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que chegaram a ser acionadas as sirenes das seguintes comunidades: Borel, Formiga, Chacrinha, Cotia, Arrelia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca e Cachoeira Grande. Nestas áreas, o índice pluviométrico ultrapassou os 40 mm em uma hora. Em todos estes locais, agentes comunitários orientam os moradores a deixarem suas casas e a se dirigirem aos pontos de apoio pré-definidos em cada comunidade".

A nota dizia, ainda, que havia a possibilidade de escorregamento na Grande Tijuca. Em três horas, a região registrou precipitação acumulada de cerca de 200 mm, ou seja, choveu somente neste período mais do que o volume médio previsto para 40 dias.

A Defesa Civil recomenda aos moradores de áreas de encostas e locais sujeitos a deslizamentos que fiquem atentos a sinais de trincas e rachaduras e que se abriguem em local seguro até a chuva passar. Em caso de emergência, a população deve ligar para a Defesa Civil no telefone 199, que funciona 24 horas, priorizando os casos de deslizamentos e desabamentos.

Alagamentos

Às 23h30, eram registrados alagamentos na região da Praça da Bandeira, av. Francisco Bicalho, av. Radial Oeste, Boulevard 28 de Setembro e rua São Francisco Xavier. O Centro Operações divulgou que a avenida Brasil apresentava pontos de alagamento na altura do Caju e Manguinhos. A melhor opção de rota para os motoristas que se dirigem às zonas norte e oeste da cidade era a Linha Vermelha.

Fonte: O Dia
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