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Desmoronamento de aterro ameaça contaminar córrego em SP

25 abr 2011 - 12h58
(atualizado em 26/4/2011 às 14h06)
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Um desmoronamento no aterro sanitário de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, na manhã de segunda-feira, interditou uma via lateral e ameaça contaminar o córrego Taboãozinho. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), aproximadamente 450 mil t de lixo e terra escorregaram de um dos taludes do aterro Pajoan por volta de 11h, atingindo a Estrada do Ribeiro, onde se formaram pilhas de mais de 12 m de altura.

Diversas viaturas do Corpo de Bombeiros procuraram possíveis vítimas ao longo de toda a segunda-feira. A informação inicial da corporação foi que uma explosão teria causado o desmoronamento, mas a Cetesb retificou. Na manhã desta terça, dois carros da corporação estão no local desde as 7h30 prosseguindo nas buscas.

Os técnicos da Cetesb acompanham a retirada do lixo acumulado na estrada, que é feita com tratores. Logo após deve começar a limpeza das margens do córrego. A Cetesb monitora o corpo d'água para avaliar qualquer alteração na sua qualidade em função de contaminação por chorume.

A Cetesb afirmou ainda que após concluir o atendimento emergencial vai fazer uma avaliação dos danos ambientais e apurar as causas do desmoronamento para tomar medidas administrativas cabíveis.

O aterro
Segundo a Cetesb, o Pajoan estava em processo de encerramento, mas tinha licença precária de funcionamento até julho de 2011. Ele recebe lixo de oito municípios: Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim.

Desde 2001, quando a empresa Pajoan assumiu a administração do empreendimento, até dezembro do ano passado, o aterro foi objeto de 87 autuações por parte da Cetesb ¿ 51 advertências e 36 multas. Os motivos são diversos: disposição inadequada ou irregular de resíduos sólidos, falta de licença ambiental, emissão de odor e lançamento de chorume (líquido proveniente do lixo). Além disso, o aterro foi interditado pela Cetesb em 2009 por falta da Licença de Operação.

Por exigência da agência ambiental a área estava passando por obras de reconformação do maciço de resíduos, para poder receber lixo até atingir a cota 755 metros, com vistas ao encerramento definitivo do empreendimento.

O desmoronamento de 450 mil t de lixo formou uma pilha de 12 m na via lateral
O desmoronamento de 450 mil t de lixo formou uma pilha de 12 m na via lateral
Foto: CSFoto / Futura Press
Fonte: Terra
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