Falta de ferro causou vazamento de esgoto, diz concessionária
Em nota oficial, a concessionária Águas de Niterói informou que o derramamento de 6 milhões de l de esgoto na Estação de Tratamento Toque-Toque, no domingo, foi causado por um erro no projeto de ampliação da unidade. Segundo a empresa, havia uma quantidade insuficiente de ferro no contato entre a laje de fundação do tanque e a parede lateral vertical.
A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ajuizou uma ação coletiva de consumo, nesta quarta-feira, na 6ª Vara Cível da Comarca de Niterói, contra a Águas de Niterói. O documento pede para que a concessionária seja responsabilizada judicialmente pelos danos causados em decorrência do vazamento de esgoto no centro da cidade. O acidente na estação deixou ao menos sete pessoas feridas, arrastou carros e alagou casas.
Na ação, a Comissão da Alerj solicita, ainda, que a empresa tenha de arcar com os custos para a realização de exames médicos das pessoas atingidas pelo esgoto, incluindo o tratamento clínico e o fornecimento de remédios, caso seja necessário.
"O vazamento deixou diversas pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo esgoto. Entramos na Justiça para garantir o direito de todos aqueles que de alguma forma foram afetados por esse acidente", afirmou a presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, deputada Cidinha Campos (PDT-RJ), acrescentando que a empresa Águas de Niterói é responsável pelos danos materiais e morais das vítimas.
Na segunda-feira, o diretor da Águas de Niterói, Dante Levisotto, afirmou que o esgoto que atingiu as ruas já havia sido parcialmente tratado - estava na fase final de purificação. "O esgoto que vazou não chega a ser água potável, mas já havia passado por duas fases de tratamento e muitos microorganismos já tinham sido mortos", disse.
Levisotto, prometeu ainda que irá acompanhar, por meio de médicos e técnicos em segurança do trabalho, o estado de saúde das pessoas que ingeriram o esgoto.
