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Polícia

Por falta de cela especial, marido de promotora volta para PF

20 abr 2011 - 15h56
(atualizado às 18h06)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Quase três horas após ser transferido da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para a penitenciária da Papuda, também na capital federal, o empresário Jorge Guerner, marido da promotora de Justiça Deborah Guerner, voltou para o prédio da Superintendência da PF. A transferência não ocorreu pela falta de vagas para presos provisórios com direito à cela especial. Segundo informações preliminares, confirmadas nesta manhã pela Polícia Federal, Jorge Guerner não teria curso superior e, por isso, seria preso em uma cela comum na Papuda.

A PF, no entanto, corrigiu a informação e confirmou que Jorge Guerner tem formação superior, mas não soube especificar o curso. Ao chegar na Papuda, constatou-se que não havia celas suficientes para comportar todos os presos e o empresário em outra cela. Por esse motivo, o marido de Deborah Guerner foi levado de volta à Superintendência da PF. A promotora de Justiça continua presa em uma sala do Comando de Operações Táticas da PF.

O casal foi detido na manhã desta quarta-feira a mando do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O motivo da prisão ainda não foi confirmado.

Jorge e Deborah passaram por um exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília no início da tarde de hoje. Após o exame, ambos voltaram para a Superintendência da PF, de onde Jorge Guerner foi encaminhado para a penitenciária da Papuda.

O psiquiatra de Deborah também teria sido preso pela Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. O médico e a paciente estariam em um vídeo onde ele a orienta a fingir ataques de nervos e enganar a junta médica do Ministério Público do Trabalho no DF sobre sua incapacidade para o trabalho. A PF não confirma essa prisão.

A promotora é suspeita de participar de um suposto esquema de corrupção investigado no governo de José Roberto Arruda pela Operação Caixa de Pandora, da PF, em 2009, conhecido como mensalão do DEM.

Deborah foi acusada por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e delator do esquema de corrupção. Ela teria recebido propina do ex-governador em troca de dados privilegiados do Ministério Público. Ela também é suspeita de receber propina para fazer "vista grossa" em contratos fraudulentos feitos pelo governo do DF e também pelo vazamento de informações da Operação Megabyte, que apurou desvios de R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos em contratos sem licitação entre empresas de informática e o governo distrital.

Fonte: Terra
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