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Polícia

Ex-alunos e voluntários pintam muro de escola em Realengo

16 abr 2011 - 12h47
(atualizado às 13h14)
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Um grupo de cerca de 100 voluntários, funcionários e ex-alunos pintaram o muro e reformaram as instalações da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado.

Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo

Veja localização de escola invadida por atirador

Na parte externa da escola, o muro que era da cor verde foi pintado de branco. No interior, as salas de aulas foram reorganizadas. A manifestação terminou no fim da manhã, quando os participantes cantaram o hino da escola e deram um abraço simbólico no prédio. "As pessoas estavam reunidas com muito amor para fazer com que a volta dos alunos seja a mais tranquila possível. Viemos mudar o layout para que as lembranças não sejam fortes", disse uma voluntária.

O estudante Marcos Vinícius, 10 anos, aluno da 5ª série, afirmou que está animado com a nova arrumação do colégio. Ele estava na escola no dia do ataque, quando 12 crianças foram mortas pelo um atirador Wellington Menezes, e acha que a tragédia deve ser superada. "O passado tem que ficar para trás nas nossas mentes. Quero voltar a estudar e ter uma vida normal", disse o menino, que escapou do massacre porque a sala de aula onde estudava não foi uma das invadidas pelo matador.

Na volta às aulas, na segunda-feira, estão previstas atividades artísticas e culturais. A Secretária Municipal de Educação quer promover uma readaptação dos alunos. Durante a semana, professores e famílias de alunos foram atendidos por equipes de psicólogos.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Agência Brasil Agência Brasil
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