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Polícia

Policiais começam a analisar computador do primo de Wellington

12 abr 2011 - 04h06
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Enquanto o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) pericia a única placa de memória que sobrou do computador particular de Wellington - ele destruiu boa parte dos componentes do equipamento antes do massacre -, policiais já começaram a analisar o do primo do acusado.

A Justiça concedeu a quebra do sigilo eletrônico do computador do assassino, para confirmar se ele realmente agiu sozinho durante o massacre e se as referências a supostos grupos religiosos estrangeiros, deixadas por ele em manuscritos, são verdadeiras ou não. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, disse que a Polícia Federal vai apoiar as investigações.

A maioria das mensagens foi enviada de agosto a outubro por Wellington ao primo, através do correio eletrônico da empresa na qual ele trabalhava. Em alguns e-mails, o assassino fazia muitas referências a passagens bíblicas, principalmente as que falavam sobre morte.

"A primeira morte é consequência do pecado de Adão e Eva, que nós herdamos por gerações, e não os nossos. A segunda morte será por nossos pecados e se dará segundo nossas ações. Alguns só experimentarão a segunda morte quando seremos (sic) julgados segundo os nossos pecados", escreveu Wellington, após citar trechos do livro de Apocalipse.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

7 de abril - Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, foi baleado e se matou
7 de abril - Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, foi baleado e se matou
Foto: Jadson Marques / Agência Estado
Fonte: O Dia
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