PUBLICIDADE

Polícia

Secretário: massacre em escola foi atitude 'animalesca'

7 abr 2011 - 20h59
(atualizado às 21h13)
Compartilhar

O secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, se disse chocado com o ataque na Escola Municipal Tasso da Silveira, onde 12 estudantes foram mortos. "Foi um extermínio, uma atitude animalesca", disse. Ele visitou todos os hospitais para onde foram levadas vítimas do atirador de Realengo.

Mulher chora morte da filha Samira, vítima do atirador de Realengo
Mulher chora morte da filha Samira, vítima do atirador de Realengo
Foto: EFE

Veja localização de escola invadida por atirador

Côrtes disse que o plano de contigência posto em ação logo após o ataque funcionou, mas não há como se preparar para esse tipo de brutalidade. "Por mais treinameto que se faça com os diretores das unidades de saúde, por mais que se prepare os bombeiros para se ter uma pronta resposta aos traumas, jamais um plano de contigência poderia prever o que aconteceu nesse episódio de hoje", disse.

O secretário destacou o que chamou de rede de solidariedade gerada pelo episódio. "Foram médicos, enfermeiros, bombeiros e gente comum envolvidos no trabalho de atendimento às vítimas. A pronta resposta da população para doar sangue ao HemoRio foi muito importante. Quando as equipes do plano de contigência chegaram ao Hospital Albert Schwetzer, já levaram 42 bolsas de sangue e 42 de plasma para atender às vítimas", disse, acrescentando que se envolveram diretamente com ação 72 bombeiros; mais de 100 médicos; 12 ambulâncias; 17 viaturas de apoio; e quatro helicópteros, além de dezenas de voluntários.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa ¿impura¿ tocasse em seu corpo.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade