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Homem mata 11 alunos em escola do Rio e se suicida

7 abr 2011 - 14h42
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Um homem armado invadiu uma escola e disparou contra estudantes, matando 11 alunos antes de ser atingido pela polícia e cometer suicídio nesta quinta-feira, na zona oeste do Rio de Janeiro.

"Um ex-aluno entrou na escola armado e não se sabe por que ele efetuou os disparos", disse o relações-públicas da Polícia Militar, coronel Ibis Pereira, a repórteres após o ataque ocorrido por volta das 8h30 da manhã.

O atirador matou dez meninas e um menino e outros 13 alunos feridos foram levados a hospitais, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Alguns feridos em estado grave tiveram que ser transportados em helicópteros.

"Ele estava muito armado, foram duas armas. Estava com um cinto com tipo de armamento de munição de profissional", afirmou o governado do Rio, Sérgio Cabral, em entrevista na escola no bairro de Realengo.

Welington Menezes de Oliveira, de 24 anos, tinha uma carta de despedida e entrou em sua antiga escola dizendo que iria fazer uma palestra. Ele cometeu suicídio após ser atingido na perna pelo disparo de um policial.

"Vamos aguardar as investigações ... de onde veio a sua experiência com armas, de onde veio essa origem lamentável dessa tragédia", disse o governador, que chamou o ex-aluno de "psicopata".

Segundo autoridades, duas crianças feridas pelos disparos conseguiram fugir do local, encontraram uma viatura policial perto da escola e avisaram que havia um homem armado dentro da escola.

A polícia então seguiu para o local e atingiu o homem armado com duas pistolas, uma calibre 38 e outra calibre 32, com bastante munição.

"Dois meninos feridos abordaram essas autoridades policiais. Uma viatura foi levá-los ao hospital e o sargento Alves veio aqui e o atingiu, já acessando o terceiro andar da escola, já tendo feito o massacre no primeiro andar", disse Cabral.

"O sargento Alves o atinginu nas pernas, e caído então ele se matou. Ele já estava preparado para mais disparos. Segundo os policiais, a arma já estava pronta para mais disparos", acrescentou o governador.

MINUTO DE SILÊNCIO

A presidente Dilma Rousseff prestou homenagem às crianças mortas em cerimônia no Palácio da Planalto. Ela cancelou seu discurso e pediu um minuto de silêncio. Ao homenagear "brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida", chorou.

"Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime, por isso eu considero que todos aqui, todos nós, homens e mulheres, aqui presentes, estamos unidos no repúdio àquele ato de violência, no repúdio a esse tipo de violência sobretudo com crianças indefesas", disse a presidente.

Esta é a primeira vez que ocorre no país um crime desse tipo, já registrado em outros países, principalmente nos Estados Unidos.

Pessoas começaram a se aglomerar no portão da escola, algumas desesperadas querendo notícias, logo após o incidente. A área foi isolada e havia várias ambulâncias no local.

Um vizinho, cujos filhos estudam no colégio, contou que crianças assustadas correram para sua casa, inclusive com ferimentos, pedindo socorro. O homem contou que pensou em entrar na escola, mas que "seria mais uma vítima" em meio ao tiroteio.

Segundo o governo, 400 alunos estavam na escola no turno da manhã quando aconteceu o ataque do ex-aluno.

"Temos a obrigação de dar a nossa solidariedade, o nosso apoio às famílias das meninas e dos meninos jovens desse psicopata, desse animal, dessa brutalidade", afirmou Cabral.

(Reportagem adicional de Pedro Fonseca; Edição de Maria Pia Palermo)

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