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Polícia

Rebelião na Fundação Casa em SP termina com 10 feridos

6 abr 2011 - 20h21
(atualizado em 7/4/2011 às 17h47)
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

Uma rebelião na unidade São Paulo da Fundação Casa, em Vila Maria, zona norte da capital paulistana, terminou com dois funcionários e oito adolescentes feridos sem gravidade. Por volta das 17h desta quarta-feira, 54 dos 56 adolescentes da unidade se rebelaram, ateando fogo em colchões na quadra de esportes e quebrando cadeiras e carteiras, fazendo 12 reféns. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram chamados para controlar o tumulto.

Os adolescentes internos da Fundação Casa de Vila Maria, zona norte de São Paulo, começaram uma rebelião em uma das seis unidades
Os adolescentes internos da Fundação Casa de Vila Maria, zona norte de São Paulo, começaram uma rebelião em uma das seis unidades
Foto: Vagner Campos / Futura Press

"Não houve agressão. Eles trancaram a gente numa sala", disse a professora Daniela Machado, 25 anos. Conforme a assessoria da Fundação Casa, a PM negociou com os adolescentes, que se renderam por volta das 19h50. A representante comercial Irailma Gomes de Lima, mulher do coordenador da equipe de monitores, disse que viu o marido ferido pela televisão e foi até o local. "Faz tempo que ele trabalha aqui e isso nunca aconteceu. Não sei o que houve", disse ela.

O corregedor-geral da Fundação Casa, Jadir Pires de Borba, negou a existência de armas entre os jovens e disse que os prejuízos serão avaliados. "Não havia nenhum indicativo para o início da rebelião. A unidade não está superlotada e não haveria motivos de recrudescimento. Os adolescentes já passaram por uma revista e o local será avaliado", afirmou.

Será instaurada uma sindicância para apurar os fatos. A Fundação Casa confirmou que houve um princípio de tumulto em outra unidade de Vila Maria, mas foi controlado.

Júlio Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Entidades em Assistência e Educação de Crianças, Adolescentes e Famílias do Estado de São Paulo (Sitraemfa), afirmou que mais funcionários além do divulgado sofreram ferimentos moderados e escoriações. Ele não soube precisar o total, mas disse que "mais de quatro" funcionários se feriram.

Conforme Alves, a situação de trabalho nas unidades da instituição no Estado é "hostil". "O ambiente é tão hostil que existe hoje 1,2 mil funcionários afastados por problemas psicológicos", disse. Segundo ele, há denúncias de assédio moral de internos contra monitores. Alves afirmou que o sindicato vai se reunir para cobrar atuação do Ministério Público na fiscalização ao ambiente de trabalho.

Fonte: Terra
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