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Procon notifica Light por explosões em bueiros no Rio

5 abr 2011 - 13h43
(atualizado às 13h56)
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A Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RJ) vai notificar nesta terça-feira a concessionária de energia elétrica Light para dar explicações sobre o risco de explosões nos bueiros da cidade. A fiscalização do órgão vai comparecer ao endereço da empresa, no centro da cidade, para entregar o documento e a empresa tem dez dias para apresentar resposta.

Na noite de segunda-feira, um homem caiu em um bueiro da Light, na rua Djalma Urich, em Copacabana, zona sul do Rio. O local havia sido aberto pela manhã por funcionários da concessionária para verificar uma fumaça que saía por debaixo da tampa.

A assessoria da empresa divulgou que a vítima teria tropeçado na tampa de uma caixa de inspeção localizada na rua. O homem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao hospital Miguel Couto, na Gávea.

Cinco feridos em Copacabana

Também em Copacabana, na noite de sexta, um bueiro localizado na avenida Nossa Senhora de Copacabana, esquina com a rua Bolívar, explodiu e deixou cinco pessoas feridas. De acordo com a Light, o acidente foi causado por um dos dois transformadores da câmara substerrânea de Copacabana, que estava na lista dos equipamentos a serem trocados pela empresa, entre o centro e a zona sul.

A explosão feriu os taxistas Elcy Viana, 65 anos, e Flavio Siqueira da Silva, 49 anos, e os pedestres Luiz Fernando de Lima, 25 anos, Ulisses Gomes, 42 anos, e Alessandro Alves Pereira da Silva. Dois táxis ficaram danificados. Testemunhas contam que o cenário foi de guerra, com pânico e correria.

Light admite que explosões podem ocorrer

Na manhã de sábado, o presidente da Light, Jerson Kellman, admitiu que a rede subterrânea da empresa apresenta problemas e que novas explosões podem ocorrer na cidade.

Ele disse ainda que do total de quatro mil galerias existentes na cidade, a metade se encontra em estado crítico e precisa ser substituída ou readaptada. A que explodiu estava entre as que passariam por consertos.

Kellman destacou que o maior problema enfrentado pela Light é a rede subterrânea. Ele garantiu que desde 2010 a empresa vem fazendo a substituição e manuteção das câmaras, programa que seria concluído em dezembro de 2011.

"Tínhamos a impressão que o pior já tinha acontecido. Fomos surpreendidos com essa tragédia. O prefeito tem toda razão de cobrar da Light uma atitude e pedimos desculpas à população pelo o que aconteceu. Vamos acelerar o programa de substuição. Essa será minha prioridade", afirmou.

O presidente aproveitou para pedir desculpas à população e garantiu que irá indenizar as vítimas de sexta-feira, recuperar a rua e reembolsar a prefeitura pelos gastos da recuperação da região.

Paes quer auditoria para apurar explosão

Também no sábado, o prefeito Eduardo Paes e o secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, realizaram uma vistoria no local onde a explosão ocorreu.

Paes definiu o acontecimento como "inconcebível e inaceitável" e afirmou que a prefeitura vai contratar uma auditoria externa para averiguar o ocorrido analisar os projetos da empresa, já que no Rio extistem cerca de 4 mil estações subterrrâneas como a que explodiu.

"É o fim das desculpas. Precisamos saber o que a Light realmente está fazendo. O que vimos aqui hoje é uma cena de terrorismo. Ano passado quase tivemos uma turista morta e agora também tivemos gente ferida. Vamos fiscalizar com mais rigor, com punições mais severas. Falhas técnicas como esta não podemos mais aceitar", afirmou Paes.

Fonte: O Dia
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