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Polícia

MP-RJ pede prisão temporária de policiais suspeitos de tortura

4 abr 2011 - 13h29
(atualizado às 16h09)
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu nesta segunda-feira a prisão temporária dos cinco policiais civis suspeitos de praticar atos de tortura na 10ª DP (Botafogo), contra um funcionário de um ferro-velho suspeito de ser receptador de peças de automóveis roubados.

No dia 24 de março, José dos Santos Filho teria sido humilhado, espancado e torturado dentro da delegacia pelos agentes de plantão. De acordo com o homem, os policiais Jorge Alessandro Xavier Pereira, Rodrigo Soares de Assis Mariz, Thiago Santos Castro Del Rio, Antonio Carlos Nogueira Moraes Cardoso e Marcelo Xavier da Silva usaram alicates para obter informações. Um exame de corpo de delito confirmou hematomas na região onde ele teria sofrido as agressões. A Corregedoria de Polícia Civil (Coinpol) investiga a conduta dos envolvidos.

Os promotores de Justiça Homero Freitas, Márcio José Nobre de Almeida e Alexandre Murilo Graça afirmam que a prisão temporária é necessária para evitar que os indiciados possam influir, negativamente, na recolhimento de provas, já que ainda há testemunhas a serem ouvidas e outras diligências a serem realizadas.

Com a decretação da prisão dos policiais, o MP-RJ pretende identificar outros possíveis coautores. No pedido de prisão preventiva, os promotores informam que a medida pretende possibilitar as investigações policiais, já que os indiciados "são perigosos e suas condutas são altamente reprováveis, afetando a própria estrutura social e a tranquilidade da comunidade local, até por serem agentes do Estado com o poder e dever de proteger a população".

Afastamento

A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, afastou na sexta-feira o delegado-titular da 10ª DP, José Alberto Pires Lage, e cinco dos seis policiais supostamente envolvidos.

Martha Rocha indicou o delegado Rodrigo de Oliveira para o lugar de Lage, que irá para a Delegacia Supervisora de Dia. Rodrigo de Oliveira era subchefe de Polícia Civil do setor operacional na gestão de Allan Turnowski. Os cinco policiais afastados foram para a Seção de Pessoal em Situações Diversas, conhecida como "geladeira", por conveniência disciplinar.

Fonte: Terra
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