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Light acha água em câmara subterrânea e rua é fechada no Rio

4 abr 2011 - 13h05
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O Centro de Operações da prefeitura do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira que a rua Djalma Ulrich, em Copacabana, está interditada entre a rua Leopoldo Miguez e a avenida Nossa Senhora de Copacabana para que funcionários da Light realizem uma obra emergencial. Eles teriam encontrado água em uma das câmaras subterrâneas. Após entrar em contato com o material elétrico da concessionária, um vapor foi gerado, e equipes da Defesa Civil, da Guarda Municipal e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) trabalham no local. O trânsito sofre desvio pela rua Bolívar.

Boletim divulgado pela Light nesta manhã informa que o projeto de restauração das galerias, iniciado há oito meses, tem o objetivo de assegurar que as câmaras estejam livres de acidentes. No texto, a empresa diz que pode haver interrupções no fornecimento de energia elétrica devido aos serviços de reparo.

Cinco feridos em Copacabana

Na noite de sexta-feira, um bueiro localizado na avenida Nossa Senhora de Copacabana, esquina com a rua Bolívar, na zona sul da cidade, explodiu e deixou cinco pessoas feridas, dois taxistas e três pedestres. De acordo com a Light, o acidente foi causado por um dos dois transformadores da câmara substerrânea de Copacabana, que estava na lista dos equipamentos a serem trocados pela empresa.

Os feridos foram levados ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. A Secretaria de Saúde informou que duas pessoas já foram liberadas, enquanto três sofreram queimaduras no tórax e permanecem estáveis, mas não correm risco de morte.

Light admite problemas

Na manhã de sábado, o presidente da Light, Jerson Kellman, admitiu que a rede subterrânea da empresa apresenta problemas e que novas explosões podem ocorrer na cidade. Ele disse ainda que, do total de quatro mil galerias existentes na cidade, a metade se encontra em estado crítico e precisa ser substituída ou readaptada. A que explodiu estava entre as que passariam por consertos.

Kellman destacou que o maior problema enfrentado pela Light é a rede subterrânea. Ele garantiu que desde 2010 a empresa vem fazendo a substituição e manuteção das câmaras, programa que seria concluído em dezembro de 2011. "Tínhamos a impressão que o pior já tinha acontecido. Fomos surpreendidos com essa tragédia. O prefeito tem toda razão de cobrar da Light uma atitude e pedimos desculpas à população pelo o que aconteceu. Vamos acelerar o programa de substuição. Essa será minha prioridade", afirmou.

O presidente aproveitou para pedir desculpas à população e garantiu que irá indenizar as vítimas de sexta-feira, recuperar a rua e reembolsar a prefeitura pelos gastos da recuperação da região.

Paes quer auditoria para apurar explosão

Também no sábado, o prefeito Eduardo Paes e o secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, fizeram uma vistoria no local da explosão. Paes definiu o acontecimento como "inconcebível e inaceitável" e afirmou que a prefeitura vai contratar uma auditoria externa para averiguar o ocorrido analisar os projetos da empresa, já que no Rio extistem cerca de 4 mil estações subterrrâneas como a que explodiu.

"É o fim das desculpas. Precisamos saber o que a Light realmente está fazendo. O que vimos aqui hoje é uma cena de terrorismo. Ano passado quase tivemos uma turista morta e agora também tivemos gente ferida. Vamos fiscalizar com mais rigor, com punições mais severas. Falhas técnicas como esta não podemos mais aceitar", afirmou Paes.

Fonte: O Dia
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