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Secretário: cidade do Rio enfrentará pico da dengue em abril

1 abr 2011 - 20h37
(atualizado às 20h57)
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O número de casos de dengue deve continuar aumentando nas próximas semanas, segundo o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Hans Dohmann. De acordo com ele, a previsão foi feita com base nos últimos anos, já que o registro de casos da doença começa a cair em abril. Neste mês, o município enfrenta o pico da dengue. Conforme Dohman, é importante priorizar o atendimento à população e evitar mortes.

A cada semana, cerca de mil pessoas têm dengue no Rio, desde o início do ano. Até a noite da última quinta-feira, a secretaria de Saúde já contabilizava 12.968 casos suspeitos na capital em 2011, sendo que sete pessoas morreram vítimas da doença no mesmo período. Dos 10 bairros com maior incidência da doença, conforme o governo, cinco ficam na zona oeste, nas regiões de Guaratiba e Jacarepaguá.

O cálculo é feito pela relação do número de habitantes com o de pessoas infectadas. Barra de Guaratiba, por exemplo, tem 65 casos da doença, enquanto Santa Cruz, 848. Este último bairro, porém, não está na lista dos locais com maior incidência, já que sua população é de 200 mil habitantes, contra 4,5 mil de Barra de Guaratiba.

Uma pessoa morreu a cada dois dias em todo o Estado, de 26 de fevereiro a 26 de março. Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde apontou que 23 pessoas morreram desde janeiro por dengue. No fim do mês passado, o Estado contabilizou sete óbitos. "Estamos em um ano preocupante, mas esperamos que o número de casos comece a cair a partir da diminuição da temperatura", afirmou o secretario Hans Dohmann.

Maratona popular

A partir deste sábado, a união entre governo e população no combate aos mosquitos promete ser intensa. A prefeitura do Rio vai promover a 1ª Caminhada contra a Dengue pela Cidade. Nela, cerca de 200 grupos de cariocas, junto com agentes de saúde, vão procurar focos pelas regiões em que moram, em toda a cidade, para mapeá-los.

"Os cidadãos poderão levar informações de focos em locais que o poder público desconhece. Há lugares que só a vizinhança sabe que é um risco. A partir daí, vamos pela primeira vez traçar um mapa dos lugares com probabilidade de existência do mosquito", afirmou Dohmann.

A dengue

A doença é transmitida pela picada do mosquito hospedeiro infectado Aedes aegypti. O vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.

A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona as dores abdominais.

Não existe um tratamento específico para a dengue. São tratados somente os sintomas, ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. A dengue é uma doença de cura definitiva e espontânea. Isso quer dizer que a pessoa estará sã quando o ciclo do vírus se completar no organismo. Quando há suspeita de dengue, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados.

Fonte: O Dia
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