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Polícia

Casal é executado após sequestro no Rio; carro é achado queimado

31 mar 2011 - 08h58
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Um casal de namorados foi executado com vários tiros em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, depois de ter sido sequestrado em Bangu. O carro em que estavam a dentista Adriana Lisboa Vieira de Araújo, 32 anos, e o propagandista Leandro Martins Rodrigues, 27 anos, foi abandonado em chamas em Padre Miguel.

Adriana namorava com Leandro havia aproximadamente dois meses, desde quando se separou do marido, identificado apenas como Wallace, com quem viveu por seis anos, segundo amigos. O ex-marido foi ao local do crime e estava inconsolável. "Ele era muito apaixonado por ela e pensava em voltar", revelou um amigo dos dois.

O delegado da Delegacia de Homicídios esteve no local mas se recusou a falar com a imprensa. Amigos informaram que Adriana e Leandro jantaram na casa de um casal de amigos dela, no Parque Leopoldina, em Bangu, de onde saíram às 22h. Leandro dirigia um Honda Civic KWB 3327 e voltava para a casa da dentista, no mesmo bairro, mas foi interceptado por pelo menos dois homens armados. No momento em que foi rendido, Leandro falava ao celular com um primo, que ainda o ouviu dizer "tudo bem. Perdi, perdi" antes de o telefone emudecer.

O rapaz alertou os amigos da moça, que se mobilizaram para procurar o casal. Eles foram à 34ª DP (Bangu), onde foram informados que os sequestradores também haviam assaltado um morador do mesmo bairro logo depois de terem abordado o casal. Leandro teria sido obrigado pelos criminosos a recolher os pertences da vítima enquanto Adriana era mantida dentro do carro. Cerca de duas horas depois, o casal foi assassinado a tiros de pistola 9 mm na rua Itaituba, em Realengo.

Moradores do local contaram ter ouvido mais de 10 tiros. "Eu estava em casa, com o ar-condicionado ligado e ouvi o barulho. Parecia uma guerra", contou uma moradora do número 18, cujo portão foi atingido por um tiro. Um dos pontos que intriga a polícia é que a rua escolhida para a execução do casal é bem iluminada e estritamente residencial. "Estava tudo aceso", contou uma moradora, que disse não ter ouvido discussão antes dos disparos nem barulho de pneus depois.

A rua onde o casal foi executado fica 5 km distante do local do sequestro. Logo depois do crime, o carro de Leandro foi abandonado em chamas na rua Axixá, ao lado do cemitério do Murundum, em Padre Miguel. O sequestro, o assassinato e a queima do veículo ocorreram em um raio de 8 km.

"Era pós-graduada e vivia para estudar e trabalhar"

Segundo amigos, Adriana trabalhava para as prefeituras de Duque de Caxias e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e era muito aplicada aos estudos. "Era pós-graduada e vivia para estudar e trabalhar", contou um amigo.

O relacionamento com Leandro teria começado havia dois meses, após ela ser apresentada a ele por um amigo comum. O jantar na noite de quarta-feira serviu para apresentar o novo namorado aos amigos. "A gente até recebeu ele bem, apesar de sermos amigos do Wallace, ex-marido dela. Na verdade, éramos amigos dos dois, mas o Wallace vacilou e ela resolveu se separar dele. Isso nos abalou um pouco, e ontem ela trouxe o rapaz para apresentar para gente e acontece isso", lamentou outro amigo.

Ainda segundo os amigos, Adriana morava com a mãe e um irmão. O pai morreu há seis meses de ataque cardíaco. O irmão da dentista esteve no local do crime mas, muito abalado, não quis falar sobre o caso.

Fonte: O Dia
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