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Polícia

MG: Justiça aceita denúncia contra PMs acusados de 2 mortes

29 mar 2011 - 23h59
(atualizado em 30/3/2011 às 00h10)
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A Justiça de Belo Horizonte recebeu nesta terça-feira a denúncia do Ministério Público (MP) contra os policiais militares acusados de matar dois moradores na favela Aglomerado da Serra, região centro-sul da cidade, em fevereiro de 2011. A Justiça acatou também o pedido de conversão da prisão temporária em prisão preventiva. Ainda cabe recurso da decisão

O magistrado responsável pelo caso considerou que, além dos indícios de envolvimento "em grave delito de homicídios duplamente qualificados, possivelmente praticados contra vítimas indefesas e em manifesto de abuso de autoridade", a liberdade dos acusados pode gerar temor para as testemunhas que serão ouvidas durante a instrução do processo.

Dos 12 PMs envolvidos no caso, apenas dois foram indiciados por homicídio e os demais por prevaricação e falsidade ideológica. O enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 39 anos, e o sobrinho dele, Jeferson Coelho da Silva, 17 anos, foram mortos a tiros de fuzis em fevereiro deste ano. Os quatro militares suspeitos da execução alegaram que foram surpreendidos por um grupo armado composto por cerca de 15 pessoas que usavam fardas da PM.

No boletim de ocorrência registrado pelos próprios PMs, foi relatado que o grupo atirou contra a viatura. Os militares teriam reagido e acertado as duas vítimas, que, ainda segundo os policiais, não estavam vestidos com as fardas, mas estavam com as roupas debaixo do braço. Testemunhas que depuseram na delegacia que investiga as mortes contradisseram os militares. Uma mulher que teria visto a execução afirmou que os dois foram baleados quando já estavam dominados e deitados no chão.

Revoltados com o crime, moradores do Aglomerado da Serra, a maior favela de Belo Horizonte, com cerca de 50 mil habitantes, promoveram manifestações e enfrentaram a PM após os homicídios. Três ônibus foram queimados e seis pessoas presas nos protestos.

Fonte: Terra
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