PUBLICIDADE

ES: superlotação fecha pronto-socorro do Hospital São Lucas

28 mar 2011 - 14h49
Compartilhar
Eliana Gorritti
Direto de Vitória

O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) decidiu no domingo paralisar o atendimento no pronto-socorro do Hospital São Lucas. Os médicos que estavam no plantão pararam de atender novas urgências ou emergências e chegaram a acionar a polícia para registrar a superlotação na instituição. O advogado do Simes, Luiz Telvio Valim, disse que o sindicato vai pedir ao Conselho Regional de Medicina (CRM) a interdição ética do pronto-socorro.

"A medida é importante para resguardar os profissionais sobre qualquer responsabilidade que eles poderiam vir a ter caso houvesse a morte de algum paciente", disse, sobre o boletim de ocorrência policial. O presidente do Simes, Otto Batista, informou que a medida acontece em decorrência da superlotação e das péssimas condições de trabalho dos profissionais de saúde que atuam na unidade. A denúncia foi feita nesta segunda-feira: "No último domingo, pelo menos 50 pacientes estavam espalhados nos corredores e em macas pelo hospital. É um absurdo trabalhar dessa forma."

Ontem, 113 pacientes aguardavam atendimento no pronto-socorro do Hospital São Lucas, que é referência em trauma no Espírito Santo. Uma pessoa morreu entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira no pronto-socorro do São Lucas, segundo informações do Simes, devido à falta de condições de atendimento. Hebert Vieira de Souza, de 23 anos, havia sofrido um acidente de trabalho e teria ficado mais de 4 horas no corredor da unidade à espera de uma vaga na UTI. Para Baptista, o paciente poderia ter sido salvo se tivesse sido encaminhado a uma unidade com urgência.

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da assessoria de comunicação, disse que está tentando vagas em hospitais filantrópicos e na rede particular para a retirada dos pacientes dos corredores.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade