Filha de JK ameaça processar Kassab por uso do nome do pai
A filha do ex-presidente da República Juscelino Kubitsckek, Maria Estela Kubitschek, ameaçou de entrar com uma ação judicial contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, caso ele insista em manter uma fundação vinculada ao seu novo partido, o PSD, com o nome do ex-presidente. Em nota divulgada à imprensa, Maria Estela nega que tenha sido procurada por Gilberto Kassab para falar sobre a utilização da marca JK na organização.
"Li, com absoluta surpresa, a declaração do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de que teria conversado comigo sobre a utilização do nome JK como marca de fundação veiculada à sua nova agremiação partidária Não é verdade. O prefeito jamais tratou desse assunto comigo. Se o tivesse feito, eu teria tido a oportunidade de manifestar a minha discordância com o uso do nome e da memória do Presidente Juscelino para fins partidários e pessoais", disse ela no comunicado.
A filha do ex-presidente afirma também que a memória de Juscelino é maior do que objetivos partidários. "A memória de JK é patrimônio dos brasileiros, está associada às grandes causas nacionais e não pode ser usada para fins menores da política", afirmou.
"Espero que o prefeito volte atrás na sua iniciativa, o que pouparia a família do Presidente Juscelino de iniciar uma ação judicial com objetivo de preservar a sua memória impedindo a utilização do seu nome por partidos e pessoas cujas trajetórias políticas não guardam qualquer afinidade com a vida e os ideais de JK", finalizou.
Entenda a polêmica
O prefeito Gilberto Kassab registrou diversos domínios da internet para o seu novo partido, o PSD. Entre os endereços eletrônicos, há www.jk.org.br, para hospedar uma fundação social vinculada à nova sigla. O nome da legenda inclusive retoma o nome daquela que elegeu Juscelino presidente. A família do ex-mandatário brasileiro não quer autorizar o uso do nome de JK.
A ideia de Kassab também não foi vista com bons olhos pela neta de Juscelino, Anna Christina Kubitschek Pereira, presidente do Memorial JK, prédio-monumento em Brasília, que prometeu "providências legais contra esse tipo de política".
Kassab alega que conversou sobre a "homenagem" ao ex-presidente com Maria Estela Kubitschek. Ele disse que aguardaria a confirmação de criação do partido e da fundação para consultar oficialmente se a família "liberaria a marca".
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