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Política

SP: Marina defende renovação no PV, mas recusa cargo

24 mar 2011 - 23h02
(atualizado às 23h38)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

A ex-candidata à Presidência da República Marina Silva participou na noite desta quinta-feira de reunião de setores descontentes do Partido Verde na zona oeste de São Paulo. Acompanhada de lideranças históricas do partido, a ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula defendeu a reestruturação da legenda, mas declarou não estar interessada em assumir a direção e preferiu pedir um processo "plural" e "inclusivo".

Marina defendeu a reestruturação do PV, mas disse que não está interessada em assumir a direção da legenda
Marina defendeu a reestruturação do PV, mas disse que não está interessada em assumir a direção da legenda
Foto: Ivan Pacheco / Terra

"Seremos incoerentes se seguirmos falando em uma nova forma de fazer política se não renovarmos nosso próprio partido. Mas a Marina que está aqui disputa ideias, não o poder pelo poder, não quer nenhum cargo na direção", disse a acriana, em discurso diante de cerca de 200 de seus apoiadores dentro do PV, entre eles Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis. Marina ainda afirmou que a contribuição dos verdes para a reforma política deveria começar no próprio PV. "Não há messias, não há salvador, não há dono", enfatizou.

Um grupo dentro do partido está descontente com José Luiz de França Penna, presidente desde 1999, cujo mandato foi prorrogado por mais um ano em reunião na semana passada, em Brasília. A reivindicação, de acordo com Sirkis, é a instituição de uma cláusula que impeça o exercício do cargo de presidente por mais de 2 anos.

"A gente acha que a presidência de todos os diretórios deve ter este limite, não apenas a presidência nacional, mas de todos os diretórios para que não haja mais a possibilidade de presidência vitalícia", disse Sirkis. Ainda de acordo com o líder, é necessária a mudança imediata dos diretórios do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso onde, de acordo com ele, houve "alianças com elementos estranhos ao PV".

Gabeira foi o mais enfático nas críticas à direção e na defesa da ex-seringueira como capital político do partido. De acordo com Gabeira, o PV se omitiu ao não comentar a situação no Oriente Médio e a catástrofe no Japão, em especial a crise nuclear, e disse que a ex-petista deve ser valorizada como o que "de melhor" o partido tem. "Devemos fortalecer Marina como candidata, porque é o melhor que temos a oferecer", disse.

Fonte: Terra
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