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Política

Presidente do Conselho de Ética condena medidas protelatórias

16 mar 2011 - 17h15
(atualizado às 17h17)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PDT-BA), afirmou nesta quarta-feira que não aceitará medidas na tentativa de atrasar o processo contra a deputada Jaqueline Roriz, que será investigada pelo Conselho. Ela admitiu ter recebido recursos financeiros que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas de sua campanha eleitoral. "Não vamos aceitar medidas protelatórias", disse.

Hoje os deputados membros do Conselho decidiram abrir processo contra a deputada por ter sido flagrada, em vídeo, recebendo dinheiro de caixa dois do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa. Jaqueline Roriz também enfrentará as investigações da Corregedoria da Casa, que vai apurar denúncias de que ela teria usado verba indenizatória do gabinete para pagar aluguel de uma sala comercial em nome de seu marido, Manoel Neto, que aparece ao seu lado no vídeo de Durval.

José Carlos Araújo criticou o fato de a deputada ter apresentado um atestado médico para se afastar de suas atividades na Câmara, logo após a divulgação do vídeo. "Ela goza de boa saúde, não tem porque ela tirar licença médica", disse. Jaqueline apresentou, na última segunda-feira, um atestado médico com pedido de afastamento por cinco dias. Ela também não apareceu na Câmara na quinta e sexta-feira após o feriado de Carnaval.

A deputada também será alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro relator do caso na Corte, Joaquim Barbosa, também autorizou que a Polícia Federal atue no caso. A PF deve convocar Jaqueline Roriz para prestar depoimento e verificar a autenticidade do vídeo em que a deputada aparece recebendo cerca de R$ 50 mil de Durval Barbosa. A parlamentar pediu ao STF acesso à integra da gravação.

Na última segunda-feira, a deputada admitiu, em nota, ter recebido, em 2006, dinheiro do então secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa. Jaqueline admitiu que esteve "algumas vezes" no escritório de Barbosa, a pedido dele, para "receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha¿.

Fonte: Terra
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