Rainha é condenado por furto em fazenda invadida pelo MST
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), José Rainha, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão por ter liderado o saque de madeiras e equipamentos da Fazenda São João, invadida pelos sem-terras em abril de 2000, em Teodoro Sampaio, no Pontal do Paranapanema, extremo-oeste de São Paulo. A decisão do juiz da cidade, Fernando Salles Amaral, é de 21 de fevereiro, mas a sentença foi publicada nesta quinta-feira. Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
A denúncia foi oferecida em 2002. Dos outros 12 réus do mesmo processo, dois tiveram a punição extinta e dez foram absolvidos. André Luís da Silva e Antônia Agostinho Souza foram condenados a três anos e um mês de prisão, mas tiveram a punição extinta por ter decorrido mais de oito anos para a aplicação da sentença. Por ter sido condenado a uma pena maior, Rainha não foi beneficiado pela extinção da punibilidade.
Ao analisar o mérito da questão, o juiz entendeu que "não há dúvida de que os réus são membros do MST que participaram da invasão". Rainha foi o único condenado por ter sido considerado "o líder de uma massa de manobra". Ele ainda responde a outros cinco processos criminais no município. "É inequívoco que ele estava sempre presente na invasão, no claro papel de liderança, conforme relatos mais do que claros das testemunhas ouvidas", afirma Amaral na sentença.
