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Política

DF: vídeo mostra filha de Roriz ao supostamente ganhar propina

4 mar 2011 - 21h59
(atualizado em 5/3/2011 às 18h31)
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A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) aparece em um vídeo divulgado neste sexta-feira recebendo dinheiro das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, delator do escândalo do mensalão do DEM. O dinheiro supostamente é resultado de propina. Jaqueline é filha do ex-governador Joaquim Roriz.

Video mostra filha de Roriz recebendo dinheiro:

O vídeo faz parte das imagens do suposto esquema de distribuição de propina no governdo do Distrito Federal, que levou à queda do governador José Roberto Arruda. Nas imagens, Jaqueline aparece juntamente com seu marido, Manoel Neto, recebendo um pacote contendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa.

Após a divulgação do vídeo, o Psol anunciou que vai pedir à mesa-diretora da Câmara o afastamento da deputada da Comissão de Reforma Política, por indícios de irregularidade. >O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que vai pedir informações ao Ministério Público sobre as denúncias envolvendo a deputada.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje que recebeu novo material relativo às investigações. Entretanto, não disse qual seria, nem quando teria recebido, apenas que ele está em análise.

Caso a prova seja anexada ao inquérito relativo aos resultados da Operação Caixa de Pandora e Jaqueline Roriz acabe indiciada pelo Ministério Público, a investigação do mensalão do DF pode ir para o Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez a política tem foro privilegiado por ser deputada federal.

O inquérito está no STJ desde setembro de 2009 aguardando oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já afirmou em outras ocasiões que não pode oferecer denúncia enquanto o relatório apresentado em agosto do ano passado pela Polícia Federal (PF) não estiver completo. A PF, por outro lado, diz que já cumpriu a sua parte e que não restam diligências a fazer.

Relembre o caso

Em novembro de 2009, a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora, que investigava um suposto esquema de propina envolvendo membros do poder Executivo local. A PF flagrou Arruda, em escutas telefônicas, orientando o então secretário de Relações Institucionais do governo do DF, Durval Barbosa, sobre o pagamento a aliados. O esquema ficou conhecido como mensalão do DEM, em referência ao partido do governador na época.

Durval Barbosa gravou, por meio de câmeras escondidas em seu gabinete, o então presidente da Câmara do DF, Leonardo Prudente, guardando o suposto dinheiro de propina nas meias. As gravações também mostram Arruda recebendo um maço de notas com R$ 50 mil. Aliados disseram que o dinheiro seria usado na compra de panetones para distribuição no Natal. Em outro vídeo, o ex-deputado Junior Brunelli aparece rezando com Prudente e Barbosa em agradecimento ao dinheiro recebido.

As denúncias levaram à prisão e afastamento de Arruda do cargo pela acusação de atrapalhar as investigações ao ser flagrado, em vídeo, subornando uma testemunha do caso, o jornalista Edson Sombra. Arruda ficou preso por dois meses em uma sala isolada na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Após a prisão de Arruda, o então vice-governador Paulo Octávio assumiu o mandato, mas renunciou dias depois. O presidente da Câmara Legislativa à época, Wilson Lima, foi designado governador interino do DF e ficou no cargo por dois meses.

Em abril de 2010, a Câmara Legislativa elegeu o advogado Rogério Rosso (PMDB), servidor público local há 10 anos, para exercer um mandato tampão até as eleições seguintes, em outubro.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: O Dia
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