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Ásia

Patriota se reúne com ministro chinês para preparar visita de Dilma

3 mar 2011 - 04h37
(atualizado às 04h59)
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, se reuniu nesta quinta-feira com seu colega chinês, Yang Jiechi, para preparar a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff, em abril. O encontro também serviu para planejar a terceira cúpula anual dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul foi convidada por Pequim para também participar da reunião.

Segundo Yang disse ao chanceler brasileiro, a viagem de Dilma, entre 13 e 15 de abril, será muito importante para impulsionar a relação estratégica dos dois países "e, com esforço de ambas as partes, originará muitas oportunidades de êxito". Patriota, por sua vez, disse ao anfitrião que Dilma tem muito interesse em estreitar as relações comerciais com a China e participar da cúpula dos Brics, que será realizada em Sanya, capital da ilha chinesa de Hainan.

O chanceler fala mandarim, idioma que aprendeu nos anos 80 durante sua estadia na embaixada brasileira em Pequim. Antes de viajar para Pequim, onde será recebido nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, o chanceler brasileiro destacou a importância de os dois países encontrarem um equilíbrio entre interesses respectivos e analisarem a relação bilateral com espírito de benefício mútuo.

Segundo Patriota, a relação com a China é cada vez mais importante para o Brasil e a visita de Dilma permitirá o diálogo amplo sobre assuntos bilaterais, regionais e multilaterais, a fim de encontrar o melhor equilíbrio possível para ambos. A coordenação que Pequim e Brasília podem obter em assuntos multilaterais como o Grupo dos Vinte (G20, formado pelas economias ricas e as principais emergentes) também foi debatida nesta quinta-feira.

Patriota considera que a relação com a China e o aumento das trocas comerciais com o gigante asiático são altamente benéficos para o Brasil e outros países da América do Sul. A diplomacia brasileira deseja que a América Latina encontre um equilíbrio para não ser um mero fornecedor de matérias-primas à China.

Somente com relação ao Brasil, os investimentos chineses passaram de US$ 900 milhões em 2002 para US$ 9,1 bilhões em 2004 e US$ 36,5 bilhões em 2007, ou seja, 40 vezes mais em meia década.

EFE   
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