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'Além de me machucar fui xingado', diz ciclista atropelado

5 mar 2011 - 10h46
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Todos os dias, o designer Fabio Condutta, 37 anos, percorre os 13 km que separam sua residência, na Vila das Mercês, e seu local de trabalho, no Brooklin, em São Paulo. O trajeto é percorrido de forma mais célere que um carro, se o trânsito for o das horas de pique paulistanas: menos de uma hora.

Sem ciclovias no trajeto a segurança, no entanto, é precária. Ele conta já ter sido vítima de abalroamentos três vezes. Em nenhuma delas, o atropelamento resultou em internação ou mesmo atendimento médico, mas ele relata o descaso dos motoristas. "Em todas as vezes eu não apenas me machuquei como fui xingado. Os motoristas não achavam que eu deveria estar ali", disse.

O último acidente aconteceu há poucos meses e envolveu um médico - profissional que deveria zelar pela saúde de um semelhante, na opinião do designer. "Ele deu ré para cima de mim. Caí na guia e, se não fosse pela mochila, teria me machucado feio. Foi embora sem me ajudar", conta.

Pela experiência do ciclista, os bairros mais afastados do centro são os que registram mais desrespeito a quem ocupa as vias com o veículo de duas rodas. "A falta de policiamento e de câmeras acaba sendo um estímulo ao desrespeito do motorista", avalia.

Fonte: Terra
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