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Política

WikiLeaks: Temer nega ter chamado governo Lula de 'fraude'

1 mar 2011 - 14h46
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O vice-presidente da República, Michel Temer, negou nesta terça-feira ter acusado o governo Lula de ser uma "fraude" e chamado o então presidente de "decepcionante". Segundo telegrama obtido pelo WikiLeaks, em conversa com o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, em 9 de janeiro de 2006, Temer, na condição de deputado federal, afirmara também que a gestão petista tinha "excessivo foco nos programas de seguridade social" e que havia uma desilusão popular causada pelo "roubo de dinheiro público" feito por líderes do PT.

Questionado, Temer disse não saber se criticou na época o governo Lula, mas negou ter feito qualquer ponderação ofensiva sobre o então Poder Executivo ao cônsul americano e tampouco ter utilizado palavras fortes em qualquer outra conversa envolvendo o assunto. "Não me recordo dessa conversa com o cônsul. Não tenho a menor lembrança dessa conversa. Ao cônsul não disse. Posso ter dito uma ou outra coisa de natureza política para as entrevistas. Tive a sensação de que foi tirado de entrevistas. Nem sei dizer se disse. Não é nem do meu estilo. Não sou de usar vocábulos mais fortes, vocês sabem. Minhas palavras, embora muitas vezes muito acentuadas, nunca trazem um conteúdo de deselegância", declarou o vice-presidente.

Para Temer, o vazamento provocado pelo WikiLeaks não causa "nenhum desconforto" a ele, ainda que tenha apoiado o segundo mandato de Lula e que agora ocupe um dos principais postos do governo de Dilma Rousseff. "Quando nós fizemos a coalizão governamental estabelecemos um método de trabalho, e um método de trabalho que deu certo, tanto que a política social foi apoiada pelo PMDB e foi um governo, o segundo governo do presidente Lula, excepcional", relatou.

Fonte: Terra
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