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Polícia

PM busca suspeitos de matar 2 militares no Rio; 1 é preso

23 fev 2011 - 11h39
(atualizado às 13h42)
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Policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro realizam buscas na manhã desta quarta-feira pelos assassinos de dois militares - um do Exército e outro da PM - durante uma onda de assaltos na noite de terça-feira, nos bairros do Méier e Cachambi, zona norte da capital fluminense. Até as 12h40, um homem havia sido preso.

Carlos Eduardo é apontado como o chefe do tráfico de drogas no morro de São João
Carlos Eduardo é apontado como o chefe do tráfico de drogas no morro de São João
Foto: Vania Cunha / O Dia

De acordo com o tenente-coronel Rui França, comandante do batalhão, os agentes vasculham as favelas do complexo do Lins de Vasconcelos após terem recebido denúncias de que criminosos das favelas da Cachoeirinha e da Árvore Seca seriam os responsáveis pelos crimes.

Durante a operação, os militares prenderam um homem identificado apenas como Carlos Eduardo da Costa Oliveira, 35 anos, conhecido como Popó ou 2P. De acordo com o tenente-coronel França, ele é apontado como gerente do tráfico de drogas do Morro de São João, no Engenho Novo, e estava foragido no Lins de Vasconcelos desde a ocupação das nove favelas do Estácio e Catumbi para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

O tenente-coronel França disse ainda que Popó é um dos responsáveis pelo ataque a um helicóptero da PM no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em outubro de 2009. Na ocasião, dois militares morreram carbonizados com a queda da aeronave.

Popó estava escondido em uma casa na Favela da Árvore Seca. Com ele, a PM encontrou uma mochila com quantidade não informada de maconha e crack. A corporação não confirmou se o suspeito tem ligação com os ataques promovidos na noite de terça-feira.

Dois militares são mortos

O coronel de artilharia do Exército, Alexandre Cardoso Rodrigues, 48 anos, e Diego da Silva Fernandes, 25 anos, soldado lotado na Unidade de Polícia Pacificadora do Morro São João, no Engenho Novo, foram mortos durante um arrastão no Méier.

Segundo testemunhas, dois homens teriam abordado Diego e roubado sua moto. O policial teria reagido e foi baleado pelos assaltantes. Ele chegou a ser socorrido no Hospital Salgado Filho, mas não resistiu aos ferimentos. Depois do ataque ao soldado, os assaltantes seguiram na moto roubada e, pouco a frente, na rua Emengarda, aboradaram Alexandre, que dirigia um Astra. Eles retiraram Alexandre do veículo e, ao descobrirem que ele era um militar do Exército, o executaram com mais de 20 tiros.

Arrastão inicia onda de violência

A onda de ataques na zona norte começou com uma série de assaltos que não poupou nem mesmo os passageiros de um trem. Cerca de 10 pessoas que seguiam num vagão que partiu da Central do Brasil e chegava à estação do Engenho Novo foram atacadas por três assaltantes. Logo que as portas se fecharam após o desembarque no terminal, os criminosos sacaram armas e anunciaram o assalto. Enquanto o trem prosseguia viagem, eles ameaçavam os passageiros de morte enquanto recolhiam pertences das vítimas. Quando o trem chegou à estação seguinte, no Méier, os homens saltaram e fugiram sem serem percebidos pelos seguranças da SuperVia.

Já no Cachambi, outra quadrilha promoveu um arrastão em uma área residencial. O ataque começou na rua Salvador Pires, onde o advogado Leonardo Cavalcante Souza, 30 anos, foi rendido por dois homens que estavam a pé. Armados, os assaltantes roubaram dinheiro e pertences de Leonardo e de sua namorada e fugiram no veículo da vítima.

Pouco depois, os mesmos criminosos e mais dois comparsas atravessaram o carro na rua e roubaram outro automóvel e os pertences de oito pessoas. Uma mulher que chegava em casa no momento do ataque teve o seu veículo levado. O último ataque registrado pela polícia foi na Avenida Suburbana, onde foi roubado o carro de uma professora.

Fonte: O Dia
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