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Estudo: centro de SP é região com mais ataques homofóbicos

19 fev 2011 - 15h49
(atualizado às 20h22)
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O centro de São Paulo é a região da capital que mais concentra ataques homofóbicos no Estado. Isso é o que aponta um estudo feito, entre 2006 e 2009, com base em denúncias recebidas pelo Centro de Combate à Homofobia (CCH) da Coordenadoria de Diversidade Sexual (Cads), ligado à Secretaria Municipal de Participação e Parceria. Os dados de 2010 ainda não foram totalmente contabilizados e por isso não constam do levantamento. Os resultados servirão para que a prefeitura elabore políticas públicas voltadas para os homossexuais.

Neste sábado, cerca que 500 pessoas protestaram em São Paulo contra a homofobia
Neste sábado, cerca que 500 pessoas protestaram em São Paulo contra a homofobia
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

De acordo com o estudo, feito com base em 316 denúncias, o centro da capital, que inclui a avenida Paulista, tem alta concentração de violência homofóbica. As agressões ocorrem, em sua maioria, no entorno dos locais mais frequentados pelos homossexuais. As vítimas são geralmente homens brancos, de 25 a 39 anos. Cerca da metade dos casos tem como agressores pessoas conhecidas das vítimas.

Um dos casos que ganharam repercussão no ano passado, foi o da agressão sofrida por um jovem na avenida Paulista. Ele foi atacado por cinco pessoas, entre elas quatro menores. Câmeras instaladas próximas ao local onde o ato ocorreu mostraram que o jovem foi agredido com uma lâmpada fluorescente e vários socos e pontapés.

Das 316 denúncias recebidas pelo órgão, 50 eram relatos de violência física. Em 39 desses casos, o ato violento ocorreu em espaço público, dez no ambiente doméstico e um, no trabalho.

Nesta sábado, cerca de 500 pessoas realizaram dois eventos na avenida Paulista para reforçar a luta contra a homofobia. Eles se concentraram no vão livre do Masp para comemorar a ampliação do Disque 100, depois seguiram para a Praça do Ciclista, onde um rapaz de 23 anos foi atacado pelas costas com uma lâmpada fluorescente. O evento contou com a presença da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário e a senadora Marta Suplicy.

Agência Brasil Agência Brasil
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