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'Não houve aproximação com Irã', diz chanceler brasileiro

18 fev 2011 - 10h24
(atualizado às 11h30)
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O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, disse nesta sexta-feira, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, que "o Brasil é um país sem inimigos e que busca diálogos com as nações". Respondendo a uma pergunta sobre a aproximação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Irã, ele afirmou que o país governador por Mahmud Ahmadinejad é importante na região, com confluência no Oriente Médio e na Ásia, e que seu "isolamento só exacerba a situação complicada e que pode levar a conflitos".

Patriota disse que o Brasil tenta manter um "bom relacionamento com todos os países, numa contribuição à paz mundial". Para o ministro, não houve aproximação ao Irã, "mas o esforço para contribuir com a confiança e levar a uma solução diplomática para essa questão espinhosa da agenda mundial". Ele disse ainda que o governo Lula promoveu um importante aumento no número de embaixadas brasileiras pelo mundo.

América do Sul

Segundo o ministro, a promoção da paz na América do Sul é prioridade do Brasil. "Trabalhamos na boa relação com os vizinhos. Tanto que a primeira visita internacional da presidente Dilma Rousseff foi a Argentina, parceiro estratégico", disse. Patriota vê o continente como uma área privilegiada no mundo: "Temos democracias, auto-abastecimento, reservas de águas."

Em relação à Colômbia, que sofre coma presença de narco-guerrilheiros em seu território, ele disse que o Brasil sempre fornece ajuda aos resgates de reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) quando solicitado pelo governo colombiano, "com total espírito humanitário". Patriota também falou sobre a polêmica envolvendo bases militares que os Estados Unidos querem instalar no país. "O congresso colombiano exige que a questão seja remetida ao legislativo, mas o executivo não tem a intenção de submetê-la. Portanto, esse já está virando um não-assunto", disse.

Relação com Itália

Patriota não acredita que as relações entre Brasil e Itália fiquem abaladas pelo caso da extradição ou não de Cesare Battisti. "O caso tem despertado atenção, mas está no contexto do Judiciário, não é uma questão diplomática. Me preocupa apenas na medida que gera algum incômodo com a Itália, país com que temos apreço e amizade entre as populações. Há 20 milhões de descendentes de italianos no Brasil. Não identifico problema diplomático devido a essa situação", disse.

Fonte: Terra
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