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Polícia

PF tenta prender mais 8 em ação contra corrupção na polícia

12 fev 2011 - 19h44
(atualizado às 19h51)
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Agentes da Polícia Federal do Rio de Janeiro tentam cumprir, na noite deste sábado, os oito mandados de prisão restantes da operação Guilhotina. O objetivo é desarticular grupos de policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e armas, milícias e exploração de jogos ilegais, como jogo do bicho e caça-níqueis.

No total, foram expedidos 45 mandados de prisão, 37 já foram cumpridos. Vinte PMs e nove policiais civis estão entre os presos. Entre eles, está o delegado Carlos Antônio de Oliveira, ex-subchefe da Polícia Civil. Um mandado contra um PM e dois contra policiais civis não foram cumpridos.

Cerca de 380 homens da PF participam da ação, que ainda investiga a ligação dos policiais com venda de armas e informações e o chamado "espólio de guerra", que é a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais, como ocorrido na recente ocupação do Complexo do Alemão. Os agentes contam com o apoio de lanchas e helicópteros na operação.

As investigações iniciaram a partir de vazamento de informações numa operação conduzida pela PF em 2009, que tinha como principal objetivo prender o traficante Rupinol, que atuava na Favela da Rocinha com o Nem, apontado como o chefe do tráfico na comunidade. De acordo com a Polícia, um grupo de policiais é suspeito de receber até R$ 100 mil por mês para proteger Nem e o avisar sobre operações no local.

A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da SSP e outra da Superintendência da PF. A troca de informações entre os serviços de inteligência das instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã.

Entre os procurados pela operação, está o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira, que é ex-subchefe da Polícia Civil. Ele é considerado foragido da Polícia Civil, uma vez que PFs chegaram nesta manhã com um mandado de prisão à sua casa em Campo Grande, zona oeste da cidade, e não o encontraram.

Na manhã desta sexta-feira, as 17ª (São Cristóvão) e 22ª (Penha) DPs ficaram momentaneamente fechadas para que policiais pudessem cumprir mandados de busca e apreensão nas distritais.

A delegada Márcia Beck - titular da delegacia da Penha e que já havia trabalhado na DP de São Cristóvão - foi detida. O delegado Ângelo Fernando Gióia, superintendente da PF, disse que durante os trabalhos dos agentes a delegada "exerceu uma conduta que as autoridades entenderam por bem levá-la para prestar esclarecimentos", até mesmo por ela ser a responsável por aquela distrital.

Fonte: O Dia
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