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Alencar segue estável e médico cogita levá-lo para o quarto

12 fev 2011 - 12h31
(atualizado às 13h30)
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Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O quadro de saúde do ex-vice-presidente da República José Alencar segue "complicado" mas estável, e os médicos já começaram a considerar sua alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a transferência para o quarto nesta sábado.

"O ex-vice presidente continua na UTI e seu quadro de saúde se alterou muito pouco de ontem para hoje. Chegamos a considerar a possibilidade de ele ser transferido para o quarto, mas decidimos mantê-lo na UTI", afirmou o médico do hospital Sírio Libanês responsável pelo caso de Alencar, Paulo Hoff . Segundo o médico, Alencar está acordado, lúcido e acompanhado pela esposa e conversa bastante.

Nesta tarde, o ex-presidente passará por exames de sangue, mas está descartada qualquer possibilidade de intervenção cirúrgica. O tratamento quimioterápico também está suspenso e sem previsão de imediata de continuidade, informou Hoff.

"O quadro de saúde de José Alencar é complicado e não desaparece da noite para o dia. Ele está medicado e conversando bastante. Pelo fato de ele estar na UTI, as visitas são limitadas, controladas. Porém é possível a presença de alguns amigos e familiares", afirmou o médico.

Luta contra o câncer

José Alencar luta contra o câncer desde 1997, quando, após um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano. Em 2000, uma nova cirurgia retirou um tumor na próstata. Depois da remoção de outros nódulos no abdome, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.

Ao todo, ele foi submetido a 17 cirurgias nos últimos 13 anos. Em janeiro de 2009, ele enfrentou cerca de 17 horas de operação para a retirada de nove tumores na região abdominal. Na mesma cirurgia, os médicos retiraram parte do intestino delgado, outra do intestino grosso e uma porção do ureter, canal que liga o rim à bexiga. Alencar chegou a ficar internado 22 dias após a operação.

A última cirurgia ocorreu no dia 22 de dezembro, quando ele foi internado no Sírio-Libanês, em São Paulo, em caráter de urgência, com quadro de hemorragia digestiva grave. Recuperado, o agora ex-vice-presidente foi submetido a um procedimento para conter um sangramento intestinal causado por um tumor que invade o intestino delgado. No dia 30 de dezembro, após oito dias, Alencar foi transferido da UTI Cardiológica para um quarto comum.

Por conselho da equipe médica, José Alencar não viajou a Brasília para participar da cerimônia de posse da nova presidente da República, Dilma Rousseff, e descer a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi vice-presidente em seus oito anos de governo.

No dia 4 de janeiro, quando retomou o tratamento de quimioterapia contra o câncer, após cerca de dois meses, o ex-vice-presidente voltou para a UTI Cardiológica do Hospital Sírio-Libanês devido a um novo sangramento intestinal.

No dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, José Alencar recebeu uma homenagem da prefeitura da capital paulista. A presidente da República, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram da cerimônia. Logo após, o ex-vice-presidente foi liberado para os médicos para voltar para seu apartamento, no bairro Jardins. Ele retornou ao Hospital Sírio-Libanês na última quarta-feira (9) com quadro de peritonite provocada por perfuração intesinal.

Médico de Alencar chegou a cogitar tirá-lo da UTI
Médico de Alencar chegou a cogitar tirá-lo da UTI
Foto: Reinando Marques / Terra
Fonte: Terra
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