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Polícia

AL: Justiça determina prisão de 3º ex-deputado por assassinato

8 fev 2011 - 16h46
(atualizado às 16h50)
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Odilon Rios
Direto de Maceió

Por ordem da Justiça, o ex-deputado estadual de Alagoas João Beltrão (PMN) teve pedido de prisão decretada por assassinato. Integrantes da Polícia Civil estiveram nesta terça-feira na mansão dele, em um condomínio de luxo na parte alta da capital, mas ele não foi localizado e é considerado foragido. Ele é acusado de matar o ex-cabo da Polícia Militar José Gonçalves, assassinado a tiros há 15 anos na Via Expressa, uma das avenidas mais movimentadas de Maceió.

O crime teria sido decidido em um "consórcio de deputados". De acordo com a Polícia Civil, participaram da trama, além de Beltrão, o ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN) (derrotado na eleição do ano passado e sem imunidade parlamentar desde 1º de fevereiro), preso em Brasília semana passada; o ex-deputado Cícero Ferro (PMN), foragido e também derrotado nas urnas e sem imunidade desde 1º de fevereiro; e o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB), que foi eleito e não pode ser preso por causa da imunidade parlamentar.

João Beltrão não pôde assumir uma vaga na Assembleia Legislativa por ter sido barrado na Lei da Ficha Limpa e perdido a imunidade parlamentar. Ele tem uma condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), quando era prefeito de Coruripe, litoral sul alagoano (um de seus currais eleitorais). O ex-deputado era um dos principais cabos eleitorais do senador Fernando Collor de Mello (PTB), durante a campanha ao Governo.

João Beltrão, Francisco Tenório, Cícero Ferro e Antônio Albuquerque respondem ainda por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional. Eles ajudaram a desviar R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa, segundo investigações da Polícia Federal.

Francisco Tenório é acusado, pelo Ministério Público Estadual, em mais dois assassinatos; Cícero Ferro responde ainda pela morte do vereador Fernando Aldo, em outubro de 2007, e pelo assassinato do primo, Jacó Ferro. Os crimes aguardam julgamento.

Beltrão, Tenório e Ferro apoiaram Collor na eleição; Albuquerque pediu votos ao governador reeleito, Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Fonte: Especial para Terra
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