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Maia e Mabel fazem discurso focado em questões internas da Casa

1 fev 2011 - 20h21
(atualizado às 21h36)
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Os dois principais candidatos na disputa pela presidência da Câmara, os deputados Marco Maia (PT-RS) e Sandro Mabel (PR-GO), fizeram um discurso, nesta terça-feira, com foco em questões internas da Casa, de olho no eleitorado que escolhe o presidente da Casa.

Já os concorrentes de última hora, os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), usaram seus 15 minutos na tribuna para falar de forma mais ampla sobre política. Os discursos foram feitos antes do início da votação.

Mabel ressaltou sua coragem ao concorrer ao cargo, por enfrentar forte pressão contrária do seu partido. "Prefiro morrer de pé do que agachado no combate", disse. O parlamentar pode ser expulso do PR e o recebeu o aviso de que deve se desfiliar até quarta-feira, às 10h.

O deputado afirmou que o Congresso está ficando cada vez mais subordinado aos Poderes Executivo e Judiciário. "Quando um Poder não é independente ele não existe", disse. Mabel prometeu que se assumir a presidência trabalhará para tornar o pagamento das emendas individuais dos deputados obrigatório. Ele mandou uma carta à presidente Dilma Rousseff afirmando que ela não deveria cortar as emendas consideradas pelo parlamentar como "PAC dos deputados".

Maia enfatizou as promessas que vem fazendo de valorização do Congresso perante os demais poderes. "Todos nós sabemos do quanto as questões administrativas da Casa são importantes, do quanto precisamos melhorar as nossas condições de trabalho. Para isso, é necessário que a gente construa outros (prédios) anexos. É importante a integração dos nossos veículos de comunicação e que a nossa procuradoria esteja à disposição dos deputados para defendê-los dos ataques", afirmou.

O gaúcho ironizou a ofensiva de Mabel em relação às emendas individuais. "Esses temas não são menores e são fundamentais. Vocês sabem que esse parlamentar que aqui está não fala, não faz discurso, não manda cartinha para presidente, mas ele defende de forma intransigente os deputados e este parlamento", afirmou.

O petista disse ainda que a Casa deve se empenhar em temas como a erradicação da miséria, pauta que vem sendo defendida por Dilma desde que tomou posse.

Candidatos de última hora

Os dois candidatos que apresentaram a candidatura apenas nesta terça-feira preferiram não falar de temas internos.

O deputado Jair Bolsonaro usou seu tempo para atacar as políticas sociais do governo e fez um alerta aos demais partidos. "O PT vai acabar comprando uma reforma política no parlamento para expulsá-los", afirmou. "Não tenho para oferecer ministérios, estatais e cargos, mas tenho a honradez, a coragem para levar essa Câmara para a independência e, se Deus quiser, para um País melhor".

Chico Alencar defendeu a moralização do parlamento. Disse que os deputados precisam estar mais atentos às demandas da sociedade. "O mundo está mudando. O parlamento não pode ser a Casa da inércia, do bom emprego, da acomodação, do nepotismo, da mesmice", disse.

Maia e os outros 3 candidatos discursaram antes da votação
Maia e os outros 3 candidatos discursaram antes da votação
Foto: Rodolfo Stuckert / Agência Câmara
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