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Polícia

Rio: UPP no morro São João será inaugurada na segunda-feira

29 jan 2011 - 09h17
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A Polícia Militar (PM) inaugura às 8h de segunda-feira a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do morro São João, no Engenho Novo, zona norte da capital carioca. Ela será instalada na rua Conselheiro Jobim, na Praça da Associação. A 14ª UPP terá um efetivo de 200 militares e atenderá também as comunidades da Matriz e Quieto.

No último dia 6 de janeiro, 250 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) iniciaram a ocupação das comunidades do Engenho Novo. Em pouco mais de uma hora a região estava dominada. Os batalhões de Choque (BPChq) do Méier e da Tijuca deram apoio à ação ao montar barreiras nos acessos às favelas. Um caminhão, dois blindados (Caveirões) e uma retroescavadeira usada para remoção de obstáculos, acompanharam os trabalhos.

De acordo com Secretaria de Segurança Pública, a pacificação do Engenho Novo beneficiará diretamente 12 mil pessoas, entre moradores e vizinhos, nos bairros da Abolição, Cachambi, Encantado, Engenho de Dentro, Engenho Novo, Jacaré, Lins de Vasconcelos, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco Xavier, Água Santa e Todos os Santos.

O comando da unidade ficará a cargo do Capitão Bruno Xavier, 31 anos de idade e 11 de corporação. O oficial já foi subcomandante do Grupamento de Policiamento em Estádios (Gepe) e atuou nos batalhões da Tijuca e de Rocha Miranda.

No momento da ocupação, o capitão e porta-voz da PM, Ivan Blaz, disse que a situação era tranquila, mas o Bope continuava a agir com cautela. "A gente sabe que muitos marginais se escondem em casas para se passar por moradores. Então a gente vai agir com tranquilidade, mas com cautela", disse.

Pacificação sem resistência
De acordo com a PM, não houve confronto na região e a situação é de tranquilidade. O Bope já concluiu a instalação de uma base que será usada para monitorar a operação de ocupação dos morros no Ciep Santo Agostinho, local que há dois anos servia como esconderijo de armas.

De acordo com o capitão Ivan Blaz, a ocupação das comunidades é estratégica, pois suspeitos de roubar carros nas avenidas Barão do Bom Retiro e Marechal Rondon (vias que ligam a zona norte ao centro) se refugiavam nas favelas.

A ação no Engenho Novo constitui a segunda etapa da parte final de pacificação da zona norte - a primeira foi concluída com a instalação, no dia 30 de novembro, da UPP do morro do Macacos, em Vila Isabel. A Secretaria de Segurança Pública disse que uma terceira fase será necessária para que o programa chegue nos morros do Encontro e da Cachoeirinha.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

Motor de Clio foi danificado por atentado em rua da Tijuca
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Foto: Mauricio Bazilio / Futura Press
Fonte: O Dia
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