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Polícia

Governo do Rio quer UPP com 10 bases no Alemão, diz Beltrame

26 jan 2011 - 17h40
(atualizado às 18h45)
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O governo do Rio de Janeiro estuda a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) com 10 bases no conjunto de favelas do Alemão, que foi ocupado pela polícia no fim do ano passado, segundo informou o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame.

A estratégia é montar uma UPP com 10 bases no conjunto de favelas do Alemão para dar suporte às ações policiais nas 14 favelas do complexo. "Não podemos ter, em um ambiente de 400 mil pessoas, uma UPP só. Serão 10 bases da UPP no Alemão que já estão sendo mapeadas e analisadas", afirmou Beltrame.

A UPP do Alemão seria a segunda fase na pacificação do conjunto de favelas, que foi invadido por forças de segurança em dezembro em resposta a uma onda de ataques a veículos e alvos policiais realizada pela facção criminosa que tinha uma fortaleza no local. Na ação, as polícias do Estado contaram com a participação das Forças Armadas, que seguem no Alemão para ajudar na vigilância.

"O Exército fatalmente vai ficar aqui até a gente concluir essa logística. Estamos nos instalando gradativamente e esse processo deve se encerrar em outubro", disse o secretário.

O governo do Rio estima que a presença dos militares será necessária até o fim de outubro deste ano. A partir dessa data, apenas as forças estaduais fariam a ocupação do Alemão. Até lá devem ser formados policiais para atuarem especificamente no Alemão e na futura UPP na comunidade. "A gente estuda a possibilidade de vir colocando (os policiais) gradativamente", disse Beltrame, que estima serem necessários entre 2 mil e 2,2 mil homens da polícia fluminense na UPP do Alemão.

Sem prazo

O chefe do Estado Maior do Exército, general José Carlos De Nardi, afirmou que os militares estão à disposição do governo estadual, mas que a permanência do Exército é analisada a cada mês, conforme prevê a diretriz da ocupação.

"Vou levar ao ministro da Defesa para que eles fiquem mais um mês e tenho certeza que vai ser autorizada", disse. "Vamos ficar até que as forças estaduais consigam mobiliar o Alemão com a UPP. Não vamos colocar data de permanência, porque quem determina é o ministério".

Segundo o general, o Exército está empregando 1,5 mil homens na ocupação do Alemão. De Nardi disse ainda que tem enviado relatórios diários ao Ministério da Defesa e ao governo do Rio sobre a ocupação e considera a intervenção bem-sucedida.

Exército vigia entrada da favela da Grota na rua Itararé, uma das comunidades do Complexo do Alemão
Exército vigia entrada da favela da Grota na rua Itararé, uma das comunidades do Complexo do Alemão
Foto: Fabio Motta / Agência Estado
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