Associação orienta vítimas de enchentes a pedirem indenização
25 jan2011 - 19h39
(atualizado às 19h52)
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A Proteste Associação de Consumidores orienta as pessoas afetadas pelas recentes enchentes no País a entrar na Justiça para cobrar do Poder Público indenização pelos danos sofridos. A coordenadora institucional da entidade, Maria Inês Dolci, disse nesta terça-feira que os atingidos devem ver a melhor forma de buscar o Judiciário para pedir a indenização. "Se for possível, entrar de forma coletiva, por meio das associações, por exemplo. Como a Justiça é morosa, entrando de forma coletiva ou com uma ação civil pública, é melhor", afirmou.
Além da ação por perdas e danos, as pessoas podem requerer ressarcimento do Poder Público. A entidade considera que os governos têm a obrigação de fiscalizar a ocupação dos terrenos em encostas ou áreas de risco para evitar tragédias como a que ocorreu este mês na região serrana fluminense. "O governo tem a obrigação de monitorar (as áreas de risco)", disse Maria Inês. Segundo ela, o Poder Público não pode deixar as pessoas ocuparem essas regiões e deve zelar pela segurança delas.
Ainda de acordo com Maria Inês, os flagelados devem guardar todos os comprovantes dos danos sofridos, como fotografias, orçamentos de conserto de aparelhos, notas fiscais e comprovantes de residência.
O promotor público Rodrigo Terra, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, apoia a iniciativa da entidade. "Faz sentido (a orientação da Proteste) por se tratar de um caso de responsabilidade civil", disse.
Segundo ele, o Estado pratica um ato ilícito quando áreas consideradas de risco são ocupadas sem nenhum critério ou segurança. "Isso é fácil de o Estado controlar porque é só demover as pessoas da ideia de se instalarem ali", afirmou. Outras medidas que o Poder Público precisa tomar, acrescentou, é a instalação de placas advertindo que tais locais são áreas de risco e a demolição das construções.
Na opinião do conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) Carlos José de Souza Guimarães, embora a tragédia na região serrana fluminense tenha tido causas naturais, ela também teve causas comuns "que dizem respeito, muitas vezes, à inércia e ao desleixo por parte das prefeituras".
Segundo ele, as prefeituras têm a responsabilidade direta e constitucional pelo uso correto e idôneo do solo urbano. Isso, assinalou, foi reforçado há cerca de 10 anos pelo Estatuto das Cidades: "Os municípios têm responsabilidade direta. Cabe a eles, por exemplo, licenciar uma nova construção", disse.
Bagé/RS - Seca no Rio Grande do Sul é uma das maiores dos últimos anos e já secou lagos e rios da região
Foto: Mari Stela / Especial para Terra
Teresópolis/RJ - Moradores e Defesa Civil trabalharam no resgate de pessoas após fortes chuvas que causaram deslizamentos no Rio de Janeiro
Foto: Vanderlei Almeida / AFP
Bagé/RS - Interior do Rio Grande do Sul sofre com o baixo nível de água nos reservatórios e os moradores enfrentam racionamento diário de água
Foto: Mari Stela / Especial para Terra
Nova Friburgo/RJ - Carro ficou dentro da lama após as fortes chuvas que atingiram a região serrana
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Herval/RS - A meterologista do Climatempo Fabiana Weykamp disse que evento climático La Niña, uma das possíveis causas da seca no Sul, deve estar se prolongar até o meio do ano que vem
Foto: Divulgação
Nova Friburgo/RJ - Praça do Suspiro ficou destruída após as chuvas que atingiram a região serrana do Rio
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Herval/RS - Segundo o Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas, seca no Sul era prevista desde junho de 2010
Foto: Divulgação
Franco da Rocha/SP - Crianças acompanham o salvamento de um cachorro em meio a enchente na Grande São Paulo
Foto: Maurício Lima / AFP
Pedras Altas/RS -Subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Major Oscar Luis Moiano, afirmou que só viu fenômeno mais forte do que o atual no começo da década de 2000
Foto: Divulgação
Atibaia/SP - Excesso de chuva nos primeiros dias do ano provocou o transbordamento dos rios no interior de São Paulo
Foto: Adriano Lima / Especial para Terra
Herval/RS - Animais estão morrendo pela pela falta de água nas propriedades rurais no sul do País
Foto: Divulgação
Sumaré/SP - Bombeiros utilizaram barco para retirar moradores de áreas de risco no interior de São Paulo
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Rosário do Sul/RS - Lavouras de soja no sul do País foram perdidas por causa da estiagem
Foto: Jorge Garcia / Especial para Terra
São Paulo/SP - Avenida Aricanduva, na zona leste da capital paulista, ficou debaixo d'água após a chuva
Foto: Cristiano Novais/CPN / Especial para Terra
Rosário do Sul/RS - Rio Santa Maria, perto da fronteira com o Uruguai, ficou praticamente seco com a estiagem
Foto: Jorge Garcia / Especial para Terra
São Paulo/SP - Chuvas deixaram alagado o túnel do Anhangabaú, no centro da capital paulista
Foto: Cristiano Novais / CPN / Especial para Terra
Rosário do Sul/RS - Rio Santa Maria praticamente desapareceu por conta da seca no Rio Grande do Sul
Foto: Jorge Garcia / Especial para Terra
Itamonte/MG Cidades no sul do Estado de Minas Gerais ficaram praticamente submersas por conta do excesso de chuva na região
Foto: Divulgação
Rosário do Sul/RS - Rio Ibicuí da Armada teve seu leito muito reduzido por causa da seca
Foto: Jorge Garcia / Especial para Terra
Teresópolis/RJ - Casas ficaram praticamente submersas com as águas da chuva que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro
Foto: Antonio Lacerda / EFE
Bagé/RS - As cidades gaúchas de Candiota, Pedras Altas e Herval já decretaram situação de emergência por causa da seca
Foto: Mari Stela / Especial para Terra
São Paulo/SP - Fusca fica preso em alagamento na avenida Anhaia Melo, na zona leste da capital paulista