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Política

Marco Maia diz ter situação 'confortável' para presidir Câmara

22 jan 2011 - 15h28
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Flavia Bemfica
Direto de Porto Alegre

Em campanha aberta pela reeleição, consolidando-se como candidato único e com apoio de outros nove partidos além do PT (PMDB, PDT, PSB, PCdoB, PP, PR, PSDB, DEM e PPS), o candidato do governo e atual presidente da Câmara dos Deputados, o gaúcho Marco Maia (PT), já fala com a certeza de quem vai permanecer no posto e admite que sua situação é bastante "confortável".

Em alguns momentos, o petista adota a cautela, lembrando que o apoio obtido até agora não é garantia de vitória e os votos precisam ser conquistados um a um, mas seus apoiadores consideram que o discurso é apenas retórico e que a eleição está garantida.

Maia não esconde a satisfação com a deferência com que vem sendo tratado por seus pares. E já elenca até quais serão as prioridades a serem debatidas pelo Congresso Nacional na próxima legislatura: as reformas tributária e política, a votação de projetos que combatam a pobreza e a construção de políticas que protejam o Brasil das influências internacionais.

A agenda da reta final de campanha é corrida (a eleição será em 2 de fevereiro). Maia esteve no Rio Grande do Sul na quinta e na sexta-feira, seguiu ainda na sexta para o Espírito Santo, retornou a Brasília e neste sábado está no Tocantins. Na próxima semana terá encontros com os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB). E deve receber, segundo ele mesmo adiantou, o apoio de "mais quatro ou cinco partidos, chegando a praticamente a totalidade".

Conhecido no Rio Grande do Sul por sua habilidade em evitar desgastes desnecessários, Maia desvia de questões envolvendo votações polêmicas, salários e negociações de cargos entre os partidos. Prefere demonstrar seu conhecimento a respeito da Casa que preside desde dezembro (quando o então presidente Michel Temer, do PMDB, renunciou para assumir a vice-presidência da República) e que, ao que tudo indica, continuará a comandar. Recheia os discursos de dados sobre o Congresso e faz uso das estatísticas para defendê-lo, angariando ainda mais apoiadores entre lideranças estaduais que também sonham chegar à Câmara Federal.

"As vezes a sociedade olha para o Parlamento com uma certa desconfiança. Mas, entre 2006 e 2010, o Congresso aprovou 938 proposições. É o melhor resultado desde a redemocratização, em 1985", diz. Para endossar suas afirmações, o deputado lembra das principais votações de 2010, entre elas os projetos do pré-sal, o Fundo de Combate à Erradicação da Pobreza, o Estatuto da Igualdade Racial e da Família e a Lei da Ficha Limpa.

"Em 2010 votamos 298 proposições, 185 em caráter conclusivo, três propostas de emenda à Constituição, 14 projetos de lei e somente 22 medidas provisórias", diz Maia. Ele também fornece números sobre a composição da Casa a partir da próxima legislatura, afirmando que o novo Congresso é de centro-esquerda (tomando por base o fato de mais de 70% de seus integrantes serem ligados aos partidos da base de apoio do governo). Lembra que o número de parlamentares negros subiu de 12 para 22, que os deputados empresários são 169, os ligados a sindicatos 61, os da bancada ruralista somam 220 e, os da evangélica, 63. "Falo isso porque a composição do Congresso é determinante para os desafios que teremos pela frente", afirma.

Fonte: Especial para Terra
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