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Investimento de R$ 36 mi evitaria mortes pelo clima, diz MCT

20 jan 2011 - 23h55
(atualizado em 21/1/2011 às 00h11)
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Um investimento de R$ 36 milhões seria suficiente para evitar as centenas de mortes registradas na região serrana do Rio de Janeiro em decorrência de fortes chuvas. A afirmação foi feita pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antônio Barreto de Castro, na reunião da Comissão Representativa do Congresso convocada para discutir o assunto nesta quinta-feira. As informações são da Agência Senado.

"Se nós gastarmos adequadamente R$ 36 milhões ao longo deste ano, não morre ninguém no ano que vem", disse Luiz Barreto de Castro. Conforme o secretário, que já teve anunciada sua substituição no cargo, há dois anos foi preparado no ministério um plano para a instalação de radares destinados a prever desastres naturais, com custo estimado em R$ 115 milhões.

No entanto, o plano não foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Depois disso, uma tentativa de inclusão no PAC 2 também teria sido vetada pelo então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "Criamos um grupo de trabalho em agosto do ano passado e fizemos uma proposta de R$ 36 milhões para um piloto, mas esse recurso ainda não foi liberado", afirmou o secretário.

Luiz Barreto de Castro disse estar "indignado" com a situação, mas negou que suas críticas à demora na liberação de recursos para um sistema de prevenção tenham sido a razão de sua saída do governo. Ele mesmo teria colocado o cargo à disposição do novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, desde o primeiro dia do governo Dilma.

Segundo Barreto, o modelo ideal - que ele conheceu há mais de 10 anos na Venezuela - é composto por um sistema de radares e uma "sala de situação", com especialistas observando as mudanças 24 horas por dia e fazendo ligação direta com a Defesa Civil. O secretário destacou que, no caso da tragédia no Rio, houve o alerta do radar, mas o resto do sistema não existia.

Chuvas na região serrana

As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.

Veja onde foram registradas as mortes:

Fonte: Redação Terra
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