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Polícia

PF prende 7 prefeitos no PI em ação contra desvio de recursos

19 jan 2011 - 10h58
(atualizado às 18h30)
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Yala Sena
Direto de Teresina

A Polícia Federal do Piauí prendeu, nesta quarta-feira, sete prefeitos e dois ex-prefeitos acusados de desvio de recursos na compra de medicamentos e merenda escolar no Estado. No total, 30 pessoas foram presas entre eles um advogado, servidores públicos, assessores, empresários e lobistas. A ação foi batizada de Operação Geleira e prevê o desvio de mais de R$ 20 milhões. Foram cumpridos 84 mandados de buscas e apreensões em 12 municípios do Estado.

Foram presos os prefeitos de Uruçui, Valdir Soares da Costa (PT); Landri Sales, Joedison Alves Rodrigues (PTB); Caracol, Isael Macedo Neto (PTB); Elizeu Martins, Teresinha de Jesus Miranda Dantas Araújo (PSDB); Ribeira do Piauí, Jorge de Araújo Costa (PTB); Miguel Leão, Bismarck Santos de Arêa Leão (PTB); e Porto, Domingos Barcelar de Carvalho (PMDB). Eles vão responder por crime de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Os ex-prefeitos presos são Francisco Donato de Araújo Linhares Filho, o Chico Filho, de Uruçui e presidente do Instituto de Assistência e Extensão Rural, e a ex-prefeita de Landri Sales, Juraci Alves.

O delegado Regional de Combate ao Crime Organizado, Janderlier Gomes de Lima, que comandou a operação, afirmou que a rede criminosa constituía empresas "fantasmas" para o derrame de notas fiscais frias nas cidades. Ele garantiu que os presos vão responder por crimes de sonegação fiscal, apropriação de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

"As empresas fantasmas repassavam as notas fiscais para as prefeituras envolvendo principalmente compra de medicamentos, além de saques irregulares nas contas das prefeituras e do Fundo de Participação", disse.

O superintende da PF, Marcos Antônio Farias, afirmou em coletiva que a operação foi deflagrada com sucesso e a ação subiu para o Tribunal Regional Federal, em Brasília, por envolver prefeitos.

Na manhã desta quarta, houve busca e apreensão no gabinete da deputada estadual Ana Paula Carvalho (PMDB), irmã do ex-prefeito Chico Filho. A ação foi em conjunto com o Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e Secretaria Estadual de Fazenda.

Fonte: Especial para Terra
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