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Ministro descarta epidemia de dengue nas cidades serranas do Rio

18 jan 2011 - 16h55
(atualizado às 16h57)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Apesar das chuvas que causaram enchentes e deslizamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou a possibilidade de surto imediato de dengue nas áreas atingidas. Segundo ele, nenhum dos municípios afetados pelas enchentes corria o risco antes do desastre.

"Aqueles municípios não estavam entre aqueles com os mais altos graus de infestação, mas vamos continuar a vigilância. Nossa prioridade é garantir o resgate e atenção às pessoas e dar continuidade às ações de prevenção das doenças que advém com período das enchentes", disse.

De acordo com o ministro, as doenças que representam preocupação para o governo são a leptospirose, o tétano - que já conta com uma campanha de vacinação dos moradores da área serrana do Rio - e doenças ocasionadas pela picada de animais peçonhentos. O ministério também prepara uma vacinação em massa de animais domésticos contra a raiva.

Desde o início da tragédia no Rio, o Ministério da Saúde enviou 7 t de medicamentos e insumos para as vítimas das enchentes. O kit contém componentes para purificação da água. "Na segunda (17), enviamos mais de 30 mil l de cloro para purificação da água, que é nossa principal preocupação nesse momento", afirmou Padilha.

Risco de surto atinge 21 Estados
O governo divulgou que 21 das 27 unidades da federação têm risco alto ou muito alto de surto de dengue neste verão. Todos os Estados do Norte e Nordeste e grande parte do Rio de Janeiro e Espírito Santo compõem a estatística. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, em reunião com 92 parceiros privados que apóiam ações de combate à dengue.

Para tentar conter o avanço da doença, o Ministério da Saúde conta com o apoio de empresas privadas - entre elas o Terra - para diminuir os casos da doença e as mortes causadas pela dengue. O ministro Alexandre Padilha afirmou que a parceria, em especial com os meios de comunicação, é fundamental.

"A dengue é causada por um mosquito que se adapta ao dia-a-dia, à casa, ao trabalho das pessoas. Por isso, nada melhor que o envolvimento daqueles setores que entram na casa das pessoas. Sem dúvidas, todos os meios de comunicação têm papel fundamental para alertar a população de como prevenir e de que é importante procurar um médico ao primeiro sinal dos sintomas", disse.

Segundo ele, mais de 90% das mortes causadas pela dengue poderiam ser evitadas. "Isso aconteceu porque os pacientes não procuram o centro de saúde quando apresentam os sintomas", afirmou.

Para Padilha, combater a dengue é de interesse dos próprios empresários. "A doença tira as pessoas do trabalho, pega do presidente ao faxineiro da empresa, acarreta mais custos nos serviços médicos, pode reduzir capacidade de compra, já que se gasta mais com remédio e menos com outras coisas, diminui a produtividade dos trabalhadores", afirmou.

A dengue

A dengue é transmitida pela picada do mosquito hospedeiro infectado Aedes aegypti . O vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.

A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona as dores abdominais.

Não existe um tratamento específico para a dengue. São tratados somente os sintomas, ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. A dengue é uma doença de cura definitiva e espontânea. Isso quer dizer que a pessoa estará sã quando o ciclo do vírus se completar no organismo. Quando há suspeita de dengue, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados.

Fonte: Redação Terra
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