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Dívida do governo do Amapá é de R$ 1,7 bi, diz Capiberibe

18 jan 2011 - 02h09
(atualizado às 02h10)
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Mario Tomaz
Direto do Amapá

O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), informa que a dívida no governo do Estado é na ordem de R$ 1,7 bilhão - herança deixada pelos governos anteriores. Para tentar amenizar a situação, foi decretada a criação da Comissão de Gerenciamento de Crise, composta de representantes da Secretaria de Planejamento, Auditoria Geral, Procuradoria, Secretaria de Administração e Gabinete Civil. Os membros participantes da comissão terão até o final desta semana para apresentar uma solução para os problemas existentes na gestão estadual.

No demonstrativo apresentado pelo governador, aparecem dívidas com a Previdência Social, Tesouros Nacional, Estadual e Municipal, consignatários, depósitos e outros. Só para as prefeituras, verificou-se que o governo do Estado deve R$ 3 milhões. "Sabíamos que o desafio era grande, mas não imaginávamos que existiam tantos atropelos e problemas de gestão. Agora é hora de reorganizar este estado e buscar dias melhores para a comunidade amapaense", disse o governador do Amapá. Problemas na gestão pública foram tornados públicos em setembro de 2010 pela Operação Mãos Limpas, quando foi preso o então governador, Pedro Paulo Dias.

Informação da secretaria de Receita Estadual dá conta de que parte da dívida que o novo governador herdou neste ano, como o atraso dos caixas escolares e contratos administrativos, poderia ter sido sanado. Uma fonte informou ao Terra que os números do Fundo de Participação de Estados (FPE), somados aos demais tributos, totalizavam R$ 11 milhões a mais que o valor normal de investimentos.

O governador Camilo Capiberibe anunciou ainda que, em virtude de não se ter recurso necessário para pagar todos os servidores em janeiro, cortará contratos administrativos, diárias e viagens de secretários, a não ser que haja muita necessidade. "Se quisermos melhorar o nosso Estado precisamos vestir a camisa, arregaçar as mangas e trabalhar com muito afinco para transformar este estado em um lugar bom de se viver", disse.

O governador também assinou a Lei Orçamentária de 2011, mesmo sabendo que perderá cerca de R$ 26 milhões na negociação com os poderes. "Ou eu votada, ou não teríamos LOA em 2011, e isso seria péssimo para nossa administração", concluiu.

Camilo Capiberibe do PSB em coletiva após ser eleito novo governador do Amapá
Camilo Capiberibe do PSB em coletiva após ser eleito novo governador do Amapá
Foto: Mario Tomaz / Especial para Terra
Fonte: Especial para Terra
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