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Sobe para 79 os municípios em situação de emergência em MG

14 jan 2011 - 12h33
(atualizado às 23h10)
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Subiu de 74 para 79 o número de municípios que decretaram situação de emergência por causa da chuva em Minas Gerais. Segundo o último balanço divulgado pela Defesa Civil Estadual no começo da noite desta sexta-feira, entraram na lista as cidades de Açucena, Lagamar, Miradouro, Aiuruoca e Careaçu.

Rio Capivari, no sul de Minas Gerais, transbordou e deixou centenas de famílias desabrigadas
Rio Capivari, no sul de Minas Gerais, transbordou e deixou centenas de famílias desabrigadas
Foto: Divulgação

São Sebastião da Bela Vista, Conceição do Rio Verde, Pouso Alegre e São José do Goiabal haviam decretado a situação de emergência na manhã desta sexta-feira. De acordo com a Defesa Civil, as cidades de Alagoas, Itamonte e Carvalhos se encontram em pior situação devido às chuvas. Em Alagoas, os moradores estão isolados por causa da queda das barreiras que dão acesso à cidade. A Defesa Civil do Estado estuda uma maneira de fazer o abastecimento de água no município.

O último boletim divulgado pela Defesa Civil registrava o total de 17.140 desalojados, 2.360 desabrigados, 72 feridos e 16 mortos na região. De acordo com o chefe do Centro de Controle de Emergência da Defesa Civil, capitão Anderson Passos, todas as medidas possíveis estão sendo tomadas, como o abastecimento de água, distribuição de cesta básica, colchões, telhas e kits higiênicos.

"A ajuda do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) tem sido muito importante na desobstrução das pistas e das quedas de barreiras. A previsão é que as chuvas continuem até pelo menos terça-feira. O solo já está encharcado e qualquer chuva pode piorar a situação. A recomendação é que os moradores fiquem atentos e se for preciso deixem suas casas", orientou o capitão Passos.

Segundo ele, é dever da prefeitura de cada município tomar medidas de prevenção às catástrofes naturais. "O ideal seria que não deixassem a população ocupar as regiões de encosta, uma vez ocupadas é necessário um cuidado especial. Esse é um problema histórico no Brasil, as medidas só são tomadas na véspera das chuvas."

O professor do Instituto de Geociência da Universidade de São Paulo (USP), Edílson Pissato, afirmou que é possível fazer mapeamentos, indicando áreas e seus graus de risco. "A partir desses mapeamentos é possível prevenir a população, executar obras de contenção e tomar medidas emergenciais", disse. Ele afirmou ainda que as catástrofes que ocorreram nos últimos dias poderiam ter seus efeitos minimizados caso os mapeamentos fossem utilizados de forma correta.

Agência Brasil Agência Brasil
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