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Polícia

Rio: com 200 policiais, 14ª UPP será instalada em 30 dias

6 jan 2011 - 14h59
(atualizado às 15h01)
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A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira que a 14ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que atenderá os morros do São João, Matriz, Quieto e Sampaio, no Engenho Novo, será inaugurada em 30 dias e contará com o patrulhamento de 200 policiais militares. Na manhã de hoje, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram a ocupação das favelas.

Policiais do Bope ocupam favelas do Engenho Novo para instalação de UPP
Policiais do Bope ocupam favelas do Engenho Novo para instalação de UPP
Foto: Guto Maia / Futura Press

"Não havia como operar no Morro dos Macacos sem que a costa posterior da elevação fosse dominada pela Polícia Militar", disse o capitão Ivan Blaz, porta-voz da PM. O Morro dos Macacos, em Vila Isabel, recebeu uma UPP no dia 30 de novembro de 2010.

Por volta de 7h30, os policiais iniciaram a ocupação das comunidades do Engenho Novo. Em aproximadamente um hora e meia a região foi dominada. Os batalhões de Choque, 3º BPM (Méier) e do 6º BPM (Tijuca) deram apoio à ação ao montar barreiras nos acessos às favelas. Um caminhão, dois blindados (Caveirões) e uma retroescavadeira, usada para remoção de obstáculos, acompanham o trabalho.

Para o capitão Ivan Blaz, a situação é tranquila, mas o Bope continua a agir com cautela. "A gente sabe que muitos marginais se escondem em casas para se passar por moradores. Então a gente vai agir com tranquilidade, mas com cautela", afirmou o porta-voz.

De acordo com Secretaria de Segurança Pública, a pacificação do Engenho Novo beneficiará diretamente 12 mil pessoas, entre moradores e vizinhos, nos bairros da Abolição, Cachambi, Encantado, Engenho de Dentro, Engenho Novo, Jacaré, Lins de Vasconcelos, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco Xavier, Água Santa e Todos os Santos.

Pacificação sem resistência

De acordo com informações da Polícia Militar, não houve confronto na ocupação. O Bope já concluiu a instalação de uma base que será usada para monitorar a operação nos morros. A base fica no Ciep Santo Agostinho, local que há dois anos servia como esconderijo de armas para traficantes.

De acordo com Blaz, a ocupação das comunidades é estratégica, já que bandidos que roubavam carros nas avenidas Barão do Bom Retiro e Marechal Rondon, vias que ligam a zona norte ao centro do Rio, se refugiavam nas favelas.

A ação no Engenho Novo constitui a segunda etapa da pacificação da zona norte do Rio - a primeira foi concluída com a instalação da UPP do Morro do Macacos. A Secretaria de Segurança Pública informou que uma terceira fase será necessária para que o programa chegue nos morros do Encontro e da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

Fonte: O Dia
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