CSA é multada em mais R$ 2,8 mi por emissão de fuligem
A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria do grupo alemão Thyssenkrupp com a Vale, foi multada em R$ 2,8 milhões pelo governo do Estado do Rio de Janeiro nesta quarta-feira por um acidente na siderúrgica no final de 2010. É a punição máxima aplicada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão que já havia multado a CSA em agosto de 2010.
A multa atual é resultado de acidente no final de dezembro do ano passado, quando uma fuligem poluiu o entorno da usina, localizada em Santa Cruz, zona oeste do Estado do Rio de Janeiro. Além da multa, a CSA se comprometeu a investir R$ 14 milhões em melhorias para a comunidade afetada pelo crime ambiental.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, à qual o Inea é vinculado, as melhorias são fruto de um acordo de compensação com a CSA e consistem na instalação de uma clínica da família, um centro de referência de hipertensão e diabetes, a dragagem do canal São Fernando e o asfaltamento de ruas vizinhas à usina.
Em nota após a divulgação da multa, a CSA informou que colocou à disposição do Inea as instalações da empresa para auditoria e disse que vai acatar qualquer decisão do órgão. "A auditoria dos equipamentos e processos utilizados na CSA, que correrá às expensas da empresa, é condição imposta pela secretaria para a concessão da Licença de Operação", afirmou a companhia, ressaltando que o acordo feito com o órgão foi voluntário.
A CSA opera com licença provisória e a previsão é de obter a licença definitiva em fevereiro. A empresa tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano e custou 5,2 bilhões de euros. O capital da companhia é dividido em 73,13% cento para a Thyssen e 26,87% para a Vale. O segundo alto-forno da empresa entrou em operação em meados deste mês.
Em agosto de 2010, a CSA havia sido multada em R$ 1,8 milhões por poluir o entorno da usina. O valor foi renegociado pela empresa para R$ 500 mil em dinheiro e R$ 800 mil em obras na comunidade local.