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Política

GSI: para novo ministro, investigar ditadura é se deter ao passado

3 jan 2011 - 20h07
(atualizado às 23h05)
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O Brasil não deve ficar olhando para trás e sim para frente, afirmou nesta segunda-feira o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Carvalho Siqueira, sobre a possibilidade de criação da Comissão da Verdade para investigar a violação de direitos humanos ocorrida durante o período da ditadura militar (1964-1985). O militar assumiu o cargo hoje.

A presidente dilma posa para a foto oficial com o primeiro escalão
A presidente dilma posa para a foto oficial com o primeiro escalão
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

"Não vamos ficar nós vendo situações do passado, pontuais, que não levam a nada. Temos que pensar para frente, na melhoria do nosso País para as nossas gerações e podemos estar perdendo tempo, espaço e velocidade se ficarmos sendo pontuais em situações isoladas do passado", disse.

Pela manhã, a nova ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu a criação da comissão com o argumento de que "é mais do que chegada a hora" do País prestar esclarecimentos. "Como participante do Ministério da Defesa, como militar, o que eu posso dizer é que somos funcionários de Estado. O que o Estado determinar, cabe a nós cumprir e é isso que vamos fazer", afirmou o general.

O ministro-chefe do GSI disse ainda que o dia 31 de março de 1964 deve ser tratado como fato histórico. "O que é o 31 de março de 1964? Golpe, movimento 'a' ou 'b', não. O movimento de 1964, hoje, já faz parte da História. Da mesma forma que um dia falamos do 11 de junho, da Batalha de Riachuelo, do 7 de setembro, proclamação da Independência do Brasil. Hoje, se nossos filhos e netos forem estudar em uma escola vai estar lá o 31 de março como um fato histórico. Temos que ver o 31 de março como um dado histórico para a nação, seja com prós e contras, mas com um dado histórico. Da mesma forma os desaparecidos", afirmou.

O general José Elito Siqueira também falou que não há, inicialmente, intenção de fazer mudanças no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Somo funcionários do Estado. Então, a tendência na Abin e em toda a GSI não é de mexer. Vamos, em princípio, manter as estruturas para termos continuidade no trabalho, mas, claro, sempre haverá em uma área ou outra alguma substituição, que é natural", disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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