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Lula confirma promoção e De Sanctis não julgará Satiagraha

30 dez 2010 - 18h24
(atualizado às 18h38)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o juiz Fausto Martin de Sanctis como desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo. Com a promoção, divulgada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, o magistrado deixará de julgar o processo resultante da operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Fausto de Sanctis é promovido a desembargador e deixa o processo resultante da operação Satiagraha
Fausto de Sanctis é promovido a desembargador e deixa o processo resultante da operação Satiagraha
Foto: Hermano Freitas / Terra

Segundo a imprensa oficial, De Sanctis recebeu a promoção pelo critério de antiguidade e vai ocupar a vaga decorrente da aposentadoria da juíza Anna Maria Pimentel. A promoção já havia sido autorizada pelo TRF, dependendo apenas da sanção presidencial.

O juíz ficou conhecido pelo trabalho na operação Satiagraha, ao determinar a prisão do banqueiro Daniel Dantas por duas vezes. A operação investigava o desvio de verbas e a lavagem de dinheiro e envolvia banqueiros e pessoas envolvidas com o mercado financeiro.

Operação Satiagraha

Comandada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz, a Operação Satiagraha cumpriu 24 mandados de prisão e 56 ordens de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e em Brasília. Foram presos o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, que morreu de câncer em 2009, o banqueiro Daniel Dantase o investidor Naji Nahas.

Os presos foram acusados por crimes como formação de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, entre outros. O grupo teria movimentado cerca de US$ 1,9 bilhão em paraísos fiscais. Gravações da PF indicariam que Pitta receberia dinheiro em espécie do grupo, diretamente no escritório de Nahas. Os valores que o ex-prefeito receberia teriam chegado a R$ 50 mil em um único dia.

Segundo a PF, a operação resultou das investigações do chamado mensalão. A Polícia Federal afirma que o suposto esquema comandado pelo publicitário Marcos Valério desviava recursos públicos para o mercado financeiro. A operação contaria com a participação do banqueiro Daniel Dantas. De acordo com a polícia, o dinheiro desviado era lavado no mercado de capitais. Outro grupo, comandada por Naji Nahas seria responsável por lavar o dinheiro obtido ilegalmente.

Fonte: Redação Terra
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