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Política

Geraldo Alckmin volta ao governo e toma posse em SP

1 jan 2011 - 10h20
(atualizado às 10h39)
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Simone Sartori
Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O novo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi empossado às 10h14 deste sábado, 1º de janeiro, em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado, na zona sul da capital paulista. A cerimônia também empossou o vice, Guilherme Affif Domingos (DEM).

Geraldo Alckmin (PSDB) volta ao governo de São Paulo após concorrer à presidência em 2006
Geraldo Alckmin (PSDB) volta ao governo de São Paulo após concorrer à presidência em 2006
Foto: J. Victor Casartelli / Futura Press

O novo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assume pela terceira vez o posto após obter 50,63% dos votos válidos (11.519.314), contra 35,23% do segundo colocado Aloizio Mercadante (PT), que teve 8.016.866 votos. Alckmin será o titular do quinto governo seguido do PSDB, que emplaca nomes para o cargo desde o pleito de 1994, com a primeira eleição de Mário Covas. Sucede Alberto Goldman, também tucano. Seu vice é o ex-secretário de Emprego do governo José Serra, Guilherme Afif Domingos (DEM), indicação do mais importante partido aliado. Compõem ainda a aliança o PMDB paulista, PSC, PPS, PHS e PMN.

Nascido em Pindamonhangaba em 1952, Alckmin começou a vida política eleito vereador daquela cidade aos 19 anos, ainda estudante de Medicina. Aos 23, tornou-se prefeito. Em 1982, pelo PMDB, venceu as eleições para deputado estadual e quatro anos depois para a Câmara dos Deputados em Brasília.

Alckmin formalizou sua filiação ao PSDB em 1988, concorrendo à reeleição como deputado federal em 1990. Na eleição seguinte, concorreu ao governo de São Paulo como vice de Mário Covas e ambos foram eleitos. A dobradinha foi vitoriosa novamente em 1998.Com a morte de Covas, Alckmin assumiu o governo em 2001. No ano seguinte foi às urnas e se reelegeu para um segundo mandato. Após disputas internas no PSDB, foi nomeado candidato à Presidência em 2006 e perdeu a disputa no segundo turno para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi reeleito.

Para a disputa presidencial, o tucano deixou o cargo para o seu vice, Claudio Lembo. Dois meses depois, as forças policiais do Estado foram atacadas por criminosos ligados à facção que comanda os presídios paulistas. Centenas de pessoas foram mortas na reação da polícia aos ataques. Alckmin nega qualquer relação dos acontecimentos com seu governo. Críticos afirmam que ele não teria dado enfrentamento adequado ao crime organizado em sua gestão.

Alckmin permaneceu fora dos holofotes por dois anos, para enfrentar nova disputa dentro do partido para conseguir sair candidato à Prefeitura de São Paulo. O setor ligado a José Serra preferia abrir mão de um nome tucano para apoiar o prefeito Gilberto Kassab (DEM), aliado do então governador José Serra. Alckmin foi candidato e derrotado ainda no primeiro turno, ficando em terceiro com 22,48% dos votos. Kassab, apoiado por José Serra nos bastidores, venceu. Em janeiro de 2009, fez as pazes com o colega tucano assumindo a Secretaria de Desenvolvimento do Estado a convite dele.

Campanha

Contando com a simpatia do eleitorado paulista ao PSDB, desde o lançamento da candidatura, o tucano apareceu à frente de seus adversários nas pesquisas de intenções de voto, já com previsão de uma vitória logo no primeiro turno. Os sinais da preferência da maior parte do eleitorado motivaram Geraldo Alckmin a realizar uma campanha focada nas conquistas dos governos tucanos de São Paulo, além de seu trabalho com Mário Covas, e evitar qualquer tipo de polêmica com os demais candidatos. Alckmin foi criticado pelos adversários pela postura neutra nos debates. O candidato Celso Russomano (PP) chegou a aludir seu apelido de "picolé de chuchu". Alckmin se limitou a dizer que "respeito é bom".

Fonte: Redação Terra
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